Seja Bem-vindo, 26 de dezembro de 2024

Seja Bem-vindo
26 de dezembro de 2024

A ALEGRIA DO PERDÃO – 3º Domingo do Advento – 12/12/21

09 de dezembro de 2021   .    Igreja Católica
Compartilhe

Leituras: Sf 3,14-18a / Sl Is 12 / Fl 4,4-7 / Lc 3,10-18

No Evangelho de hoje, João Batista proclama a alegria do perdão. O perdão produz em nós grande alegria. “A alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus” (EG 1). Essa alegria ocorre mediante a misericórdia divina, que, apesar de nossas faltas, não cansa de nos perdoar.

A pregação de João Batista tem em vista justamente a alegria do perdão. João faz um apelo contundente para que seus interlocutores se convertam e acolham o Senhor, que é a alegria plena. “O que devemos fazer?”, perguntam eles.

A primeira recomendação é contra o acúmulo de bens. A comunidade que adere ao Filho de Deus sabe o valor da partilha e não compactua com regimes que privilegiam alguns poucos, proporcionando-lhes a opulência do luxo, enquanto outros vivem na penúria, no lixo, totalmente desfigurados e destituídos de dignidade. A segunda recomendação é dirigida aos coletores de impostos. O apelo é para que parem de roubar e explorar. A terceira recomendação é para a categoria militar – aos policiais. A eles cabe evitar a violência, a maldade e a corrupção.

As recomendações de João Batista deixam claro que, para acolher Jesus Cristo, é necessária a transformação do coração, em vista da efetivação de um novo tempo, livre de privilégios, da injustiça e da opressão. João nos aponta aquele que tira o pecado do mundo. O pecado é tudo aquilo que atrapalha e destrói o sonho de Deus – sonho de uma humanidade capaz de compaixão, de comunhão, de harmonia com os outros seres e com o conjunto da “casa comum”; afinal, “tudo está interligado, e isso nos convida a maturar uma espiritualidade da solidariedade global que brota do mistério da Trindade” (LS 240).

Só um coração plenamente reconciliado, livre da maldade, do ódio, da violência e de qualquer rancor, consegue acolher o Filho de Deus que vem.

Fonte: Pe. Antônio Iraildo Alves de Brito, ssp. Folheto “O Domingo” – Ano LXXXIX – 12/12/21 – Remessa XVI – Nº 58 – Ano Litúrgico C. Pág. 4