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Retrocognição – Número 1

04 de março de 2020   .   
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Iª Parte
Introdução
Neste trabalho, com esse tema: “Retrocognição”, baseei no estudo feito pelo parapsicólogo Frei Albino Aresi (falecido) do seu livro: Homem total e parapsicologia, páginas 247-249. Neste artigo tomei o texto mencionado de Frei Albino Aresi e introduzi subtemas aos parágrafos, com algumas frases minhas… E estes estão na ordem elencadas por mim. Também acrescentei, alguns parágrafos, sendo que, reproduzo em grande o seu texto.

Porém, antes de entrar diretamente no texto de Frei Albino, aconselho o internauta ler os artigos publicados no Site Emana & Parapsicologia: PSI-GAMMA – (PERCEPÇÃO EXTRA-SENSORIAL) – Nº 1, 2, 3 e 4. Se não for possível ler os artigos por demandar um pouco de tempo, a leitura atenda deste artigo te dará uma boa compreensão do que seja Retrocognição. Acompanhe parte a parte.

Mesmo baseando mais no texto de Frei Albino Aresi, como mencionei no parágrafo anterior, me sirvo também do texto do parapsicólogo Pe. Raimundo Elias Filho para ajudar elucidar ainda mais o tema da Retrocognição.

Psi-Gamma
A “Percepção extra-sensorial, tem a sigla DESPE, conhecida como Psi-Gamma, significando, como vem do grego: psi, de “psiché” = alma e gamma, de “gnosis” = conhecimento. Portanto, “o conhecimento próprio da alma, diferentemente do conhecimento próprio do corpo, dos sentidos”. (FILHO, pag. 34)

“A Psi-Gamma só se manifesta entre os vivos. Qualquer interpretação que se faça noutro sentido é pura especulação e nada mais.

Em relação ao fator tempo, especificamente, a Psi-Gamma pode ser dividida pedagogicamente em: SIMULCOGNIÇÃO, RETROCOGNIÇÃO E PRECOGNIÇÃO”. (FILHO, pag. 35)

Você leitor irá perceber não muita, mas diferença na abordagem dos dois autores: Pe. Raimundo e Frei Albino.

“RETROCOGNIÇÃO é o que se dá quando se conhece diretamente algo que aconteceu no passado. Nela, o objeto do conhecimento é anterior ao conhecimento”. (FILHO, pag. 35).

Para o Pe. Raimundo a PRECOGNIÇÃO, que é o conhecimento direto do futuro, pode ser comprovada cientificamente. Em relação a simulcognição e retrocognição, já tem uma abordagem mais crítica. Fazendo seus questionamentos, Veja:

“A RETROCOGNIÇÃO e a SIMULCOGNIÇÃO, apesar de aceitas, não oferecem comprovação suficiente. Como provar que o que se conhece agora é um fato do passado e não uma simulcognição retardada e que só agora se manifestou? Ou ainda, como demonstrar que o que se conhece agora é um fato do presente e não a manifestação de uma precognição anterior que aparece casualmente quando o fato está acontecendo”? (FILHO, pag. 35).

IIª Parte
Retrocognição
Daqui para frente, vou mais diretamente ao texto de Frei Albino como disse na introdução. Sobre a RETROCOGNIÇÃO ele define: “seria o conhecimento direto do passado. Possivelmente, não se poderá comprová-lo experimentalmente por causa do ‘vestígio’”. (FILHO, pag. 35)

Tão logo fez sua definição direta, já faz também questionamento que não se pode comprovar experimentalmente por causa do vestígio. E prossegue no seu questionamento:

“O sensitivo relata para uma pessoa seu passado mais remoto. Retrocognição pura? Não. Sempre, no inconsciente pantomnésico da pessoa há um ‘vestígio’ do fato. (FILHO, pag. 35)

Exemplo e explicação
“Uma senhora chega a uma cidade onde nunca esteve. Reconhece um jardim e o descreve perfeitamente…

Investigações feitas com honestidade cientifica demonstraram que uma vez em criança de colo, umas tias passaram por ali com ela; não pode saber pelos pais porque o fato dera-se com as tias. Retrocognição”? (ARESI, pág. 247).

Feito o questionamento diz: “Apenas uma lembrança retida no inconsciente pantomnésico”. (ARESI, pág. 247). Fala também que pode ser “déjà vue”. “Não se deve esquecer também que pode ser a sensação de ‘déjà vue’” (ARESI, pág. 247). No “déjà vue” se “baseia sempre no talento do inconsciente pantomnésico”. (ARESI, pág. 247).

Pantomnésia do inconsciente
Para reforçar sua explicação, Frei Albino explica a

“pantomnésia do inconsciente (pan = tudo; mnesis = memória). É a particularidade do inconsciente pela qual tem conhecimento de tudo; tem tudo presente. O inconsciente é um gravador perfeito onde estão marcadas todas as impressões desde a concepção até o momento presente”. (ARESI, pág. 248).

Inconsciente
A capacidade do inconsciente é gigantesca, por isso, o inconsciente

“pode captar tudo o que existe no mundo, descobrir segredos à distância. Através da captação do inconsciente a pessoa pode falar línguas estranhas (xenoglossia), cantar canções desconhecidas, assumir personalidade de outrem, etc.”. (ARESI, pág. 248).

Mistificação – cérebro – 2ª personalidade
“Em certos centros, com estas faculdades, explora-se muito a crendice popular, mistificando um fenômeno humano. Basta que a pessoa tenha ouvido falar, em criança, determinado idioma para que essa impressão se grave no cérebro inferior e mais tarde consiga reproduzir essas palavras. Sob hipnose, um dotado pode perfeitamente assimilar, à distância, a personalidade de outrem, reproduzindo-o autenticamente (2ª personalidade). (ARESI, pág. 248).

IIIª Parte
Exemplo de uma jovem e explicação
“Certo dia uma jovem foi sugestionada e assumiu a personalidade de ROBERTO CARLOS. Cantou, acompanhada ao instrumento. Deu autógrafos, respondeu a entrevistas, etc. Alguém da plateia desafiou-a, dizendo-lhe que não passava de embusteira, e ela ameaçou até de agredi-lo. Tirada a sugestão, não se lembrava de nada e chegou a negar que houvesse feito aquelas assinaturas e tivesse cantado em público. Se lhe tivessem sugerido que era KENEDY ou GETÚLIO VARGAS, teria agido da mesma maneira que eles, e teria impressionado o auditório com o célebre linguajar dos ex-presidentes”. (ARESI, pág. 248).

Neste caso, continua a explicação do parapsicólogo Frei Albino, mostrando o que o inconsciente da pessoa é capaz, e assim, muitas retrocognições ele vai dizer que foi o talento do inconsciente que traz à tona certas memorias do passado, através da pantomnésia. E mostra mais uma vez a questão da 2ª personalidade.

No exemplo dado anteriormente, “é um puro fenômeno de SEGUNDA PERSONALIDADE. Houve uma transferência de personalidade pelo talento do inconsciente. A voz, os trejeitos, o andar, tudo pode ser reproduzido perfeitamente”. (ARESI, pág. 248-249). E sobre este exemplo conclui Frei Albino: “ninguém se manifesta senão através do cérebro e o cérebro dos mortos já virou pó”. (ARESI, pág. 249).

Os corpos emitem irradiações
Diante da explicação sobre a retrocognição, continua fazendo parte para compreensão da mesma que “os corpos emitem irradiações e essas pairam no espaço, podendo ser captadas a qualquer momento”. (ARESI, pág. 249).

Exemplo dos corpos que emitem irradiações e explicação
“Em Araraquara captou-se um programa de televisão lançado ao ar três anos antes, em Buenos Aires e que foi visto, durante meia hora, na cidade acima. As ondas dirigidas, após terem encontrado resistência em algum astro, voltaram naquela direção, após três anos da emissão”. (ARESI, pág. 249).

Outro exemplo parecido
“O telespectador estava assistindo a um programa do canal 2 de São Paulo quando repentinamente entrou um outro programa em espanhol de 3 anos antes, e depois de meia hora desapareceu, prosseguindo o programa normal”. (ARESI, pág. 249).

As palavras estão na atmosfera
O parapsicólogo faz esta afirmativa: “as palavras dos faraós e de Cristo estão na atmosfera, bem como tudo o que se falou desde o princípio do mundo”. (ARESI, pág. 249).

É interessante a afirmativa acima, porém achei que faltou uma explicação maior e de elucidar de onde buscou fundamentar a afirmação.

IVª Parte
A radiatividade permanece no espaço
Esta afirmativa da radiatividade permanecer no espaço é mais plausível de compreender sem muita explicação. O parapsicólogo, Frei Albino, nos alerta que

“a radiatividade também permanece no espaço. As irradiações dos engenhos atômicos constituem ameaças permanentes à humanidade. Como a mente capta o estado psíquico, assim também o organismo recebe as irradiações da matéria. Não sabemos, no entanto, até que ponto podem elas afetar e comprometer o equilíbrio psicossomático”. (ARESI, pág. 249).

Conclusão
O parapsicólogo Pe. Raimundo nos alerta que “A retrocognição e a simulcognição, apesar de aceitas, não oferecem comprovação suficiente”. E Frei Albino, sobre a retrocognição “não se poderá comprová-lo experimentalmente por causa do ‘vestígio’”. Mesmo assim é um tema que ocupa seu espaço na parapsicologia, mesmo com as ressalvas apresentadas. Frei albino faz ressalvas, alertando sobre o talento do inconsciente, e mostra que este recorre a pantomnésia, fala também do “déjà vue”. Os questionamentos são apresentados, porém o tema ainda continua tendo o seu espaço para estudo e questionamentos. O importante que o fenômeno existe e o próprio exemplo dado de “uma senhora chega a uma cidade onde nunca esteve. Reconhece um jardim e o descreve perfeitamente…” Fica claro que não precisa a recorrer a uma explicação mística para explicar o fenômeno e sim tem explicação natural para isso, principalmente ao falar de como funciona a mente inconsciente. Ou em determinados casos de algo mais distante do passado pela faculdade Psi-Gamma. Espero que mais este tema abordado neste espaço sobre parapsicologia possa ter ajudado o internauta na compreensão, ou quem sabe no aprofundamento do mesmo.

Referências Bibliográficas
FILHO, Pe. Raimundo Elias. Mistério do Aquém e do Além à Luz da Parapsicologia. 2ª edição, Editora Paulus, São Paulo – SP, 2003. Páginas 34-35
ARESI, Albino. Homem total e parapsicologia. 20ª edição. Instituto Nacional de Parapsicologia (INPAR). São Paulo – SP. 1984. Páginas 247-249.

Pe. Emanuel Cordeiro Costa
Parapsicólogo Clinico
ABPSIG – Registro 409

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