(Texto de Pe. Emanuel Cordeiro Costa com Certificado de Registro de Averbação na Fundação Biblioteca Nacional – EDA – Nº 528.249 – livro 1003 – folha 313)
É uma ideia, um conceito pré-concebido, um juízo a respeito de alguma coisa.
Esta ideia pré-concebida nem sempre nos conduz a vermos as coisas de maneira objetiva e sim, de maneira distorcida e discriminatória em relação às pessoas.
A nossa cultura em geral e a séculos tem algumas discriminações sociais que levam a ideias distorcidas sobre alguns grupos sociais e raças.
No Brasil por causa da escravidão da raça negra e menos com o índio. Estas raças sofrem ainda hoje grandes preconceitos nossos. O preconceito em relação ao negro acaba sendo disfarçado através de brincadeiras aparentemente sem maldades, mas que revelam nossos preconceitos, que inclusive legalmente não é aceito. Quantas frases, ainda que tenha diminuído sua pronuncia, mas ainda se ouve, tais como: “ele é negro, mas tem alma de branco”. “Ele é de cor” (para não dizer negro). “Isto é coisa de negro (preto)”. “A coisa aqui está preta” (para dizer a coisa aqui está ruim) Todas estas frases revelam que nossa sociedade ainda vê o negro como alguém inferior…
Em relação à mulher, nossa cultura traz muitos traços de machismo. Mesmo com a lei Maria da Penha, ainda vemos casos de violência e tantas outras discriminações. Há frases e piadas do tipo: “Mulher no volante perigo constante”. “Lugar de mulher é no fogão ou cozinha”. “O homem que é homem não chora” (dando a entender que este sentimento é só de mulher e demonstra fraqueza).
Em relação ao índio, vemos também discriminação que nos leva a ter uma visão distorcida de sua cultura. Quantas vezes se ouve dizer que eles são preguiçosos, ou “isto é programa de índio”.
Se olharmos para o pobre em qualquer situação e cultura ele é discriminado, o favelado, os homossexuais, a criança, o idoso, deficientes, por causa de certo padrão de beleza a pessoa obesa é também discriminada.
Todas estas discriminações criam uma ideia distorcida sobre grupos sociais, sobre a sexualidade, sobre raças, etc., que nos levam ao distanciamento do semelhante, onde alguns se consideram superiores aos demais e se julgam no direito de ver o outro como inferior e que merece descaso e um tratamento discriminatório.
Quanto mais aproximação com todos tivermos, tratando-os como iguais e não vendo nas diferenças de sexo, raça e outras como desigualdade entre nós estaremos promovendo uma sociedade de irmãos que sabem conviver harmonicamente com suas diferenças e sem preconceito.
Artigo de: Pe. Emanuel Cordeiro Costa