Seja Bem-vindo, 19 de maio de 2024

Seja Bem-vindo
19 de maio de 2024

Jesus e os “endemoninhados”

10 de novembro de 2023   .   
Compartilhe

Artigo de Pe. Emanuel Cordeiro Costa com Certificado de Registro de Averbação na Fundação Biblioteca Nacional – EDA – Nº 880.966 – livro 1.717 – folha 175. Data do registro: 21/08/2023

Introdução
Caro leitor, a explicação que passo a dar neste artigo (Jesus e os “endemoninhados”), é claro não desconhece o sentido bíblico-teológico (religioso), porém o enfoque é parapsicológico, e mais dentro da visão da escola de parapsicologia de Pe. Quevedo (falecido) que busca explica-lo a luz da parapsicologia, coisa normalmente não vista pelas outras escolas.

Os evangelhos Sinóticos: Mateus, Marcos e Lucas, narram um episódio de Jesus diante de “endemoninhados” e expulsando-os de “espírito impuro”.

Sabemos que os evangelhos não são reportagens ao vivo dos fatos como fazem os meios de comunicação em muitos casos hoje. Passou por leituras e mais leituras a luz da fé no Cristo Ressuscitado antes de ser escrito. O autor tem suas características e forma de escrever. É bom entender, para quem ele estava escrevendo, o contexto histórico que ele vivia, como aborda os acontecimentos, sua teologia. Isto facilita uma leitura melhor da bíblia. Mesmo os três evangelhos sinóticos citados tendo muita coisa em comum, mas as narrativas em certos momentos têm pequenas diferenças em termos de escrito, mas que fazem uma grande diferença na compreensão e interpretação.

Antes de passar à frente para tentar compreender os textos, convido o leitor que leia as três narrativas dos evangelhos e depois veremos suas análises.

1. Os Evangelhos
1.1. Os endemoninhados gadarenos – Mateus 8,28-34
28 Ao chegar ao outro lado, ao país dos gadarenos, vieram ao seu encontro dois endemoninhados, saindo dos túmulos. Eram tão ferozes que ninguém podia passar por aquele caminho. 29 E eis que se puseram a gritar: “que queres de nós, Filho de Deus? Viestes aqui para nos atormentar antes do tempo?” 30 Ora, a certa distância deles, havia uma manada de porcos que pastavam. 31 Os demônios lhe imploravam, dizendo: “se nos expulsas, manda-nos para a manada de porcos”. 32 Jesus lhes disse: “Ide”. Eles, saindo, foram para os porcos e logo toda a manada se precipitou no mar, do alto de um precipício, e pereceu nas águas. 33 Os que os apascentavam fugiram e, dirigindo-se à cidade, contaram tudo o que acontecera, inclusive o caso dos endemoninhados. 34 Diante disso, a cidade inteira saiu ao encontro de Jesus. Ao vê-lo rogaram-lhe que se retirasse do seu território.

1.2. O endemoniado geraseno – Marcos 5,1-20
1 Chegaram do outro lado do mar, à região dos gerasenos. 2 Logo que Jesus desceu do barco, caminhou ao seu encontro, vindo dos túmulos, um homem possuído por um espírito impuro: 3 habitava no meio das tumbas e ninguém podia dominá-lo, nem mesmo com correntes. 4 Muitas vezes já o haviam prendido com grilhões e algemas, mas ele arrebentava os grilhões e estraçalhava as correntes, e ninguém conseguia subjugá-lo. 5 E, sem descanso, noite e dia, perambulava pelas tumbas e pelas montanhas, dando gritos e ferindo-se com pedras. 6 Ao ver Jesus, de longe, correu e prostrou-se diante dele, 7 clamando em alta voz: “Que queres de mim, Jesus, filho do Deus altíssimo? Conjuro-te por Deus que não me atormentes!” 8 Com efeito, Jesus lhe disse: “Sai deste homem, espírito impuro! 9 E perguntou-lhe: “Qual é o teu nome?” Respondeu: “Legião é o meu nome, por que somos muitos”. 10 E rogava-lhe insistentemente que não os mandasse para fora daquela região. 11 Ora, havia ali, pastando na montanha, uma grande manada de porcos. 12 Rogavam-lhe, então, os espíritos impuros dizendo: “Manda-nos para os porcos, para que entremos neles”. 13 Ele o permitiu. E os espíritos saíram, entraram nos porcos e a manada – cerca de dois mil — se arrojou no precipício abaixo, e se afogaram no mar. 14 Os que apascentavam fugiram e contaram o fato na cidade e nos campos. E as pessoas acorreram a ver o que havia acontecido. 15 Foram até Jesus e viram o endemoninhado sentado, vestido em são Juízo, aquele mesmo que tivera a legião. E ficaram com medo. 16 As testemunhas contaram-lhes o que aconteceu com o endemoninhado e o que houve com os porcos. 17 Começaram então a rogar-lhe que se afastasse do seu território.

18 Quando entrou no barco, aquele que fora endemoninhado rogou-lhe que o deixasse ficar com ele. 19 Ele não deixou, e disse-lhe: “Vai para tua casa e para os teus e anuncia-lhes tudo o que fez por ti o Senhor na sua misericórdia”. 20 Então ele partiu e começou a proclamar na Decápole e o quanto Jesus fizera por ele. E todos ficaram espantados.

1.3. O endemoninhado geraseno – Lucas 8,26-39
26 Navegaram em direção à região dos gerasenos, que está do lado contrário da Galileia. 27 Ao pisarem terra firme, veio ao seu encontro um homem da cidade, possesso de demônios. Havia muito que andava sem roupas e não habitava em casa alguma, mas em sepulturas.

28 Logo que viu a Jesus começou a gritar, caiu-lhe aos pés e disse em alta voz: “Que queres de mim, Jesus, filho do Deus Altíssimo? Peço-te que não me atormentes”. 29 Jesus, com efeito, ordenava ao espírito impuro que saísse do homem, pois se apossava dele com frequência. Para guarda-lo, prendiam-no com grilhões e algemas, mas ele arrebentava as correntes e era impelido pelo demônio para os lugares desertos. 30 Jesus perguntou-lhe: Qual é o teu nome?” — Legião, respondeu, porque muitos demônios haviam entrado nele. 31 E rogavam-lhe que não os mandasse ir para o abismo.

32 Ora, havia ali, pastando na montanha, numerosa manada de porcos. Os demônios rogavam que Jesus lhes permitisse entrar nos porcos. E ele permitiu. 33 Os demônios então saíram do homem, entraram nos porcos e a manada se arrojou pelo precipício, dentro do lago e se afogou.

34 Vendo o acontecido, os que apascentavam os porcos fugiram, contando o fato na cidade e pelos campos. 35 As pessoas então saíram para ver o que acontecera. Foram até Jesus e encontraram o homem, do qual havia saído os demônios, sentado aos pés de Jesus, vestido e em são juízo. E ficaram com medo. 36 As testemunhas então contaram-lhes como fora salvo o endemoninhado. 37 E toda a população do território dos gerasenos pediu que Jesus se retirasse, porque estavam com muito medo. E ele, tomando o barco, voltou.

38 O homem do qual havia saído os demônios pediu para ficar com ele; Jesus, porém, o despediu dizendo: 39 “Volta para tua casa e conta tudo o que Deus fez por ti”. E ele se foi proclamando pela cidade inteira tudo o que Jesus havia feito em seu favor.

2. O(s) endemoniado(o) de Gergesa
2.1. Historicidade
Normalmente os exegetas colocam esses três textos bíblicos como lenda, metáfora, não histórico. Alguns colocam só a parte dos porcos como não histórica. Porém, o parapsicólogo Pe. Quevedo, também teólogo, pelos argumentos apresentados pela exegese não acha suficiente para não os considerar como histórico.

Mas fica claro para o leitor que nem o Pe. Quevedo, e nem neste artigo ignoramos a exegese, mas levamos em conta os esclarecimentos exegéticos bíblicos.

E se não é um fato histórico, fica mais que claro que não pode ser invocado como ação demoníaca.

“A confusão na escolha dos textos originais foi também uma dificuldade contra a historicidade do episódio” (QUEVEDO, p. 184. 1993).

“Não cabe dúvida que em todos os fatos cientificamente históricos da vida de Jesus, há do ponto de vista religioso e doutrinal, um significado mais profundo: Jesus, como claramente expressou Santo Agostinho, era verbo (palavra) não só na sua doutrinação, mas também nos seus fatos. Mas isto não tira, não deve tirar, a ciência não permite que se tire, que o fundamental do caso foi um fato histórico.

E do fundamental do núcleo histórico do fato, não é lícito excluir o detalhe dos porcos, porque era ele precisamente o que mais impressionou as testemunhas, ou que motivou que os habitantes da região pedissem depois a Jesus que se retirasse.

A explicação que temos dada do ponto de vista parapsicológico, não é certamente a explicação tradicional. Mas, como nos séculos passados algum intérprete da Bíblia por sábio ou santo que fosse, poderia dar uma explicação científica do fato? Houve algum teólogo ou exegeta, no passado que soubesse Parapsicologia? Além do mais, repetimos, a interpretação dos fatos como tais não pertence à doutrina religiosa, à teologia, à exegese, senão à ciência. Fique o teólogo na interpretação doutrinal e deixe a interpretação dos fatos ao cientista”. (QUEVEDO, OEPNET, ativo 28/05/23)

2.2. É “possessão” ou não?
Levando em conta a historicidade como apresento neste texto fica claro também que não se trata de “possessão” como muita gente pensa. Como se um espírito mau, de outro mundo possuísse a pessoa, entrando dentro dela e a despersonalizando. Enquanto ciência a parapsicologia analisa o fato. E o que o fato apresenta não se pode afirmar que o acontecido não tenha uma explicação natural. Não cabe uma explicação sobrenatural. A parapsicologia não entra na questão se existe um ser de outro mundo que possa levar a pratica do mal…, porém o fato observável não nos autoriza a dizer isto.

A bíblia não é um livro de ciência, mas para ensinar doutrina e princípios de fé. Porém sendo ou não histórico o fato e tendo uma explicação natural de acordo com a ciência parapsicológica, não significa que a verdade bíblica sobre doutrina esteja comprometida.

Jesus também não veio ensinar ciência. Ele faz o bem dentro da compreensão cultural e conhecimento da época. Seria incompreensível para todos de sua época Jesus falar de um conhecimento cientifico que surgiu muitos séculos depois. Quase dois mil anos depois.

Um aprofundamento maior faremos em outros artigos sobre a questão bíblica em relação as chamadas “possessão”. Aqui neste artigo ficaremos presos somente aos três textos bíblicos mencionados.

2.3. Onde se deu o fato: Gergesa
Mas você pode estar se perguntando, mas os textos bíblicos falam de gadarenos (Gadara) e Gerasenos (Gerasa). Então, onde ocorrera o fato? É o que veremos a seguir.

“O caso deve ser localizado em Gergesa, na região dos gergesenos não em Gadara como se pensou; e muito menos em Gerasa como se dizia antigamente. Gergesa está – isso sim — na região maior ou ‘pais’ dos gadarenos.

Parece que houve confusão na escolha dos textos originais: devem ser, ao contrário do que publica a maior parte dos críticos textuais de hoje, ‘região dos gergesenos’, no texto de Mateus: ‘região dos gadarenos’ (em vez de ‘região dos gerasenos’, Gerasa, que não tem cabimento) nos textos de Marcos e Lucas. Aos gadarenos pertencia a cidadezinha de Gergesa”. (QUEVEDO, p. 184. 1993).

Então volta a justificativa que coloquei na historicidade do que foi relatado nos textos dos evangelhos analisados. “A confusão na escolha dos textos originais foi também uma dificuldade contra a historicidade do episódio” (QUEVEDO, p. 184. 1993).

“Gerasa está a 50Km ao sudoeste do mar de Genesaré. Longe demais para que os porcos pudessem ter-se precipitado e afogado ao lago. Também está longe demais Gadara. A 12 quilômetros, e além do mais, separada por um profundo vale que corre um rio turbulento, o Hieromax dos antigos. Não poderiam os porcos correr tantos quilômetros, atravessar o rio, subir a outra encosta e precipitar-se no mar”. (QUEVEDO, p. 185. 1993).

Pe. Quevedo diante de suas pesquisas conclui que:

“O episódio foi em Gergesa. Exatamente como precisa o Evangelho, ‘do outro lado do mar’ (Mc 5,1 e Mt 8,28), ‘do lado contrário da Galileia’ (Lc 8,26), precisamente em frente de Magdala. Na boca do wadi es-samak existem hoje as ruínas da antiga Gergesa (Ghersa, Kersa ou Kursi). Muito perto de lá, ao sul, aconteceu o episódio dos porcos. Em Moka-Edlo. Há aí uma pendente muito pronunciada e de 44m de altura. Uma projeção deste promonitório fica a 30m do lago. (QUEVEDO, p. 185. 1993).

Quanto a questão da localização do episódio, volta Pe. Quevedo a criticar aqueles que são contra a historicidade: “O ataque à historicidade parece nitidamente uma fuga da dificuldade de explicação dos fatos.” (QUEVEDO, p. 185. 1993).

Não sabendo explicar a historicidade do fato, conclui o pesquisador Pe. Quevedo que alguns sustentam a introdução no texto dos porcos como só metáfora: “os gentios preferem os porcos ao seu Salvador”. (QUEVEDO, p. 186. 1993). Assim este e qualquer outros sentidos metafóricos devem se sustentar na realidade histórica.

2.4 Vários fenômenos parapsicológicos
Nos textos dos evangelhos aqui refletidos, podemos ver e analisar vários fenômenos parapsicológicos em cena, como Hiperestesia Indireta do pensamento, Telergia, Sansonismo, Insensibilidade, dramatização do inconsciente e outras atitudes que expressa um comportamento Megalômano. Atitudes de uma pessoa descontrolada agindo com violência.

2.5. Questões mais bíblicas e teológicas
O episódio se dá numa terra estrangeira. O Reino de Jesus não se prende somente à Israel. Mas é para todos. As pessoas do lugar sentiram a perda do rebanho de porcos, por causa do prejuízo econômico. Estes ainda precisavam compreender a partir da evangelização valorizar o ser humano e não prezar o dinheiro acima da vida humana. Os habitantes do lugar não querem Jesus ali por causa do prejuízo e pede para ir embora. Quando mandamos Deus embora da nossa vida? Por questões desse tipo?

Jesus já havia dito em outra passagem do evangelho, Mc 3,27: “Ninguém pode entrar na casa de um homem forte para roubar as suas coisas, se antes não amarrar o homem forte”. O espírito mau é forte. Jesus, porém, é mais forte. Liberta o que escraviza o homem. O endemoninhado reconhece que Jesus é mais forte e tenta negociar: “Que queres de mim, Jesus, filho do Deus altíssimo? Conjuro-te por Deus que não me atormentes! (Mc5,7). Faz uma confissão de fé em Jesus, o que não deixa de ser estranho em se tratando de “demônio”. O que não falta o cinismo do espírito mau. Ele que atormenta alguém, mas pede para não ser atormentado. Jesus tem o domínio da situação forçando-o, obrigando-o a dizer o nome: Legião. Lembra o império Romano como estruturava o seu poderoso exército. No qual eram muitos (legião) para oprimir e sufocar as pessoas causando-lhe situação de sofrimento. Nu, vivia uma vida sub-humana morando em lugares desertos e cemitérios.

2.6. O “endemoninhado” é um Louco e Megalomaníaco: Chama-se Legião.
“A Bíblia diz que um homem fora expulso da cidade por ser louco. Se tomarmos endemoninhado ao pé da letra, também haveria que tomar louco ao pé da letra. A Bíblia usa as duas expressões. Diríamos, a expressão popular (endemoninhado) e a expressão um tanto mais culta ou científica (louco). A Bíblia não entra em interpretações científicas. Nunca entrou durante todos os séculos em que foi escrita. Serviu-se inclusive de erros científicos e opiniões contraditórias da cultura da época, para, através desse instrumento de linguagem ensinar doutrina religiosa. A Bíblia é um livro de doutrina religiosa, não um livro de ciência.

Mas muito compreensível na típica, conhecidíssima, e característica megalomania compensadora. Em outros casos, outra pessoa, para não ter um complexo de inferioridade, se defende personificando-se megalonicamente em Napoleão, Joana d’Arc, a rainha Maria Antonieta e outras personalidades importantes.

Neste caso, o ‘endemoninhado’, expulso da cidade, tendo que viver num cemitério, na sua loucura, se defende do seu sofrimento psicológico com a mania de grandeza compensadora de incorporar-se nele uma legião de demônios. Em questão de endemoninhado, ninguém ganha dele. Como diria o povo: ‘Ele é o tal’. Estas pessoas que se defendem com megalomania, deveriam ser internadas, mas vivem felizes. Quem sofre é a família, ao passo que eles se sentem como sendo Napoleão, Júlio César, ou uma legião de demônios”. (QUEVEDO, OEPNET, ativo 28/05/23)

2.7. Doenças internas (não perceptíveis) e doenças perceptível
No tempo de Jesus, Havia a distinção das doenças em:

“doenças com ‘motivo’ perceptível e aquelas que não apresentavam uma causa perceptível.

A epilepsia e a loucura, por exemplo, podem ter causas orgânicas, cerebrais. Mas estas lesões ou deficiências são internas, não perceptíveis.

Certas paralisias, podem ser psicógenas, histéricas no início, mas chegarão a provocar atrofia muscular perceptível. A paralisia não se atribuía ao demônio. Doenças tidas como internas na cultura e mentalidade daquele tempo era vista como sendo o demônio o causador. A psicose e epilepsia apesar de orgânica eram consideradas “possessões”. Ou seja, “possessão” igual a doença interna”. (QUEVEDO, p. 317. 1993).

2.7.1. Os evangelhos
Em algumas ocasiões os evangelistas “pareciam contrapor doentes e endemoninhados em frases repetidas, como: ‘Ele curou muitos que estavam oprimidos de diversas doenças e expulsou muitos demônios’” (Marcos 1,34). (QUEVEDO, p. 316. 1993).

Nesta distinção feita acima vemos que:

“Os endemoninhados estariam possuídos pelos demônios; os doentes como consequência do pecado só sob certo domínio externo de Satanás. Endemoninhados (por demônios é de dentro) e doentes (sob o poder de Satanás: de fora).

Atribuir à ação sobrenatural todas as doenças, inclusive as físicas, é apenas metáfora. (QUEVEDO, p. 316. 1993).

2.7.2. Satã e Demônios
“Quando se diz que Satã entrou em Judas (Lucas 22,3; João 13,27) ou em Ananias (Atos dos Apóstolos 5,3) se faz referência ao pecado voluntário. Nunca aparecem ‘possessões’ realizadas por Satanás. As ‘possessões’ são realizadas pelos demônios (espíritos impuros, espíritos da doença…). Os demônios não implicam nenhum aspecto moral, unicamente atormentavam.” (QUEVEDO, p. 314-315. 1993).

Sem alongar e aprofundar o tema: diabo, vemos que Diabo e Satanás (satã) são sinônimos.

Jesus foi tentado pelo diabo e não por “demônios” que liga a doenças internas.

2.7.3. Povos vizinhos e Israel
Israel no tempo de Jesus não foi e nem é isolado do planeta, os povos circunvizinhos da época influenciam com sua cultura e costumes. Israel também influencia esses povos.

“Os sacerdotes dos povos circunvizinhos a Israel precisavam determinar o demônio que causa cada doença. E o demônio – doença — era atraído pelo pecado. Por isso, começavam por um interrogatório para descobrir qual o pecado que o doente cometeu. Uma vez descoberto, devia-se expulsar tal demônio determinado” (QUEVEDO, p. 315. 1993).

“Tudo isto não quer dizer que os hebreus atribuíssem todas as doenças aos demônios. É possível que só atribuíssem a ele alguns tipos de doenças mais ‘misteriosas’, certos tipos de doenças que hoje chamamos psíquicas e especialmente as doenças que iam acompanhadas de fenômenos parapsicológicos que para eles eram completamente incompreensíveis. Daí que na enumeração fosse lógico separar doenças e endemoninhados, como se separam os leprosos de outros doentes comuns, e até as doenças dos achaques e enfermidades”. (QUEVEDO, OEPNET, ativo 29/05/23)

2.7.4. Povos Primitivos
“A crença da maioria dos povos primitivos, de que todo o mundo material estava habitado e controlado por daimones (potestades, deuses subalternos, demônios, etc.).” (QUEVEDO, p. 310. 1993).

Assírios, babilônicos e caldeus. Povos bem antigos.

“Data do ano 2.500 a.C. uma tabuleta assíria sobre doenças, etc.”.

“Uma outra tabuleta contém um exorcismo muito parecido. E há outra tabuleta, a de Babilônia que pretendia expulsar toda classe de demônios provocadores de toda classe de doenças”. (QUEVEDO, p. 311. 1993).

2.7.5. Como interpretar o(s) endemoninhado(o) do evangelho
“O endemoninhado de Gerasa não se enquadra de maneira nenhuma numa interpretação demonológica e sim perfeitamente numa interpretação natural, até por senso comum”. (QUEVEDO, OEPNET, ativo 28/05/23)

“Se observável não é o demônio. Quando a causa é perceptível, visível, talvez até palpável, nunca nos Evangelhos o doente é considerado endemoninhado”. (QUEVEDO, p. 318. 1993).

2.7.6. Considerações sobre as doenças:
– “Lepra ou outra infecção da pele, os evangelhos falam simplesmente de leprosos (Mt 8,1-4; Lc 17,11-19). (QUEVEDO, p. 318. 1993).”
– Cegos (“Os olhos estão vazios, ou as pálpebras estão grudadas, aparece a íris sem coloração, percebe-se a infecção…”) (QUEVEDO, p. 318. 1993).
Paralíticos. “Não se chama endemoninhados aos paralíticos: tinham visivelmente deformados ou atrofiados os músculos, mesmo que só fosse por estarem sempre prostrados e terem de ser transportados em macas (Mc 2,1-12: Mt 9,1-8; Jo 5,1-16).” (QUEVEDO, p. 318. 1993)
Mão seca. “(Mt12,9-14), possivelmente atrofiada, sem carne e disforme. Usa-se o mesmo termo que se aplica à arvore seca (Mc 11,20s; Mt 21,19s.) e cortada (Jo 15,6) e sem raízes (Mt 13,6), etc.” (QUEVEDO, p. 318. 1993)
Hidrópico. “Não é endemoninhado o hidrópico (Lc 14,1-6), que todos veem inchado — pela excessiva acumulação de líquido nos tecidos do corpo”. (QUEVEDO, p. 318. 1993)
Mulher com hemorragia. “certa mulher, que sofria de um fluxo de sangue fazia doze anos (Mt 9,20par.). A sua cura por Jesus não é expulsão de demônios.” (QUEVEDO, p. 318. 1993)

– “As doenças, que apresentavam ‘causas’ perceptíveis já estavam liberadas da interpretação demoníaca.” (QUEVEDO, p. 318. 1993)

2.7.6.1 Outros casos de doenças e esclarecimentos:
“Nenhuma alusão à atividade de agentes sobrenaturais nas doenças:
– da sogra de Pedro (Mc 1,29-31)
– O servo do centurião (Lc 7,2-10)
– O filho do oficial real (Jo 4,46-53)
– A filha de Jairo (Lc 8,41-42.49-56)
– A filha de sírio-fenícia (Mc 7,24-30)
– O surdo-gado (Mc 7,32-37)
– Malco a quem Jesus devolveu a orelha que Pedro cortara (Lc 22,50-51).

Nem são expulsões de demônios as ressurreições de mortos (Lc 7,11-17; Jo 11,1-44;).

A doença ou acidente prévio (ou crucificação) eram manifestos e aí estavam a rigidez e palidez com ‘causas’ visíveis da morte. Também observável e ‘causa’ de doenças é a febre (Mt 8, 14-15). Não é demônio”. (QUEVEDO, p. 318-319. 1993)

2.7.7. Pequena conclusão desse tópico 2.7 (com os subitens)
Os primeiros cristãos sobre a influência de culturas de sua época e acabam vendo a ação de satanás ligado mais ao pecado. Como aquele que tenta e leva o homem ao mal e os demônios causador das doenças, mais diretamente das internas.

O que desenvolvi aqui neste tópico número 2.7. está bem resumido. Um aprofundamento maior o leitor consulte a referência bibliográfica e pesquise um pouco mais.

Na bíblia aparece muitas vezes a distinção enfermo e “possesso”. Fala dos “endemoniados” em curar e sarar. E cura os doentes e não os “demônios”. Há casos que fala em doenças e enfermidades como se fosse duas coisas distintas, há uma expressão, quando Jesus envia os discípulos em missão: “Curai os doentes, ressuscitai os mortos, limpai os leprosos, expulsai os demônios” (Mt 10,8). Que não devamos tomar o estilo literário ao pé da letra. Pois leprosos também eram doentes. Limpar lembra mais a purificação deles. Daí a necessidade de aprofundamento do estudo vendo a referência bibliográfica que disse.

“E no Evangelho de São Lucas “Jesus curava a muitas de suas enfermidades e doenças e achaques e atormentados por espíritos maus e restituía a visão de muitos cegos.” (Lc 7,21)

É claro que não se pretende diferenciar enfermidade ou doença ou achaque ou cegos, e, portanto, também não se pretende diferenciar endemoninhados”. (QUEVEDO, OEPNET, ativo 29/05/23)

2.8. O homem(s) “endemoniado(s)” sabe quem é Jesus – Fenômeno parapsicológico.
Em Marcos e Lucas fala em um homem. Diz para Jesus: “Que queres de mim, Jesus, filho do Deus Altíssimo?” em Mateus de dois homens que dizem: “que queres de nós, Filho de Deus?”

“Aquele homem apresentava uma série de fenômenos misteriosos. Expulso da cidade refugiou-se num cemitério. Aproximava-se Jesus Cristo com os apóstolos e o ‘endemoninhado’ começou a gritar: ‘Filho de Deus Altíssimo…’

Ora, se realmente fosse o demônio, o menos que se poderia esperar é que não se converta em apóstolo e faça propaganda da Divindade de Cristo. Isto não encaixa numa interpretação demonológica.

Mas perfeitamente numa interpretação natural: Aquela pessoa possuía manifestações parapsicológicas e adivinhou, ao menos naquela ocasião, o pensamento de Cristo e gritou: “Filho de Deus Altíssimo”… Hiperestesia Indireta do Pensamento (HIP) ou qualquer outra faculdade de adivinhação. Explicação lógica e sem a contradição de supor que se fosse o demônio faria propaganda da divindade de Cristo”. (QUEVEDO, OEPNET, ativo 28/05/23)

2.9. Qual é o seu nome?
Depois pergunta Cristo ao “endemoninhado”: – Qual é o seu nome? – E o “endemoninhado” responde: “Legião é o meu nome porque somos muitos”. No número 2.5. e 2.6. você leitor tem a explicação sobre a resposta de Legião. Aqui acho bom acrescentar mais um detalhe: “Legião” era o nome que se dava a um destacamento romano com cerca de 6.000 soldados (alguns colocam 5.200). A dominação romana era o principal demônio em toda a região. Mesmo para os judeus os porcos sendo impuros, alguns exegetas afirmam que para os romanos eram animais sagrado e um símbolo do poder romano. Aqui está havendo também a libertação de um poder que escraviza e domina a pessoa.

2.10. Sansonismo e Insensibilidade
Você poderia pensar e se perguntar sobre a força desse(s) homem(s). E dizer, é porque é endemoninhado(s) que possui(em) esta força? Uma força de outro mundo!

“‘É endemoninhado quem manifesta força demoníaca; está possuído quem manifesta força de possuído; age sobrenaturalmente quem manifesta força sobrenatural’. Ora qual é essa força? Qual é a força demoníaca? Quando a força é sobrenatural?

Do ‘endemoniado’ (ou dos ‘endemoniados’) gergesenos, diz o evangelista Marcos: ‘Ninguém podia dominá-lo, nem mesmo com correntes. Muitas vezes já o haviam prendido com grilhões e algemas, mas ele arrebentava os grilhões e estraçalhava as correntes, ninguém conseguia subjuga-lo’ (Marcos 5,3-4)” (QUEVEDO, p. 122. 1993).

Por ser um estudo parapsicológico, científico, os textos do evangelho precisariam responder algumas questões. É claro que o evangelho não foi escrito com esta intenção. Não foi escrito para fazer ciência e sim transmitir ensinamentos a partir da fé. Então fica algumas questões que mesmo sem ser respondidas, percebe-se com clareza que a força grandiosa do(s) ‘endemoninhado(s)’ tem uma explicação natural, dispensando explicação sobrenatural.

“Ter-se-ia que ver quantas vezes simplesmente se desvencilhou. Outras vezes terminou após algum tempo por afrouxar e romper simples cordas? Mesmo aceitando que quebrou correntes e grilhões, qual a grossura ou resistências delas? Poderia ser depois de bastante tempo golpeando-as com pedras, contra as rochas… É preciso levar em conta também a insensibilidade que este tipo de doentes pode adquirir. Na expressão bíblica, interessada em ressaltar a ferocidade e força do energúmeno, cabem perfeitamente interpretações bem atenuadas. Seria esse sansonismo sinal de possessão? (QUEVEDO, p. 122. 1993).

2.11. “Possessão”
“Discutiríamos se aquela pessoa poderia ter dentro do seu corpo um demônio. Discutiríamos por discutir, porque a possessão demoníaca ou espírita, etc. é metafisicamente impossível. Um corpo está animado por um espírito, a alma e nenhum outro espírito pode animá-lo. Seria contraditório. Absurdo. Não há argumento nenhum para poder admitir que outro espírito diferente da própria alma anime a um corpo. E há muitos argumentos que provam a absoluta impossibilidade de tal fato.

Mas sem entrar nesta discussão de se poderia haver um espírito dentro do corpo do chamado ‘endemoninhado’ de Gerasa, certamente é absurdo pensar que havia nele uma legião de demônios. Absolutamente absurdo, para ser entendido demonologicamente”. (QUEVEDO, OEPNET, ativo 28/05/23)

2.12. Os “demônios” não queriam ser expulsos do corpo do “possesso”.
“Os ‘demônios’ entrariam em pânico ao perceber que poderiam ser expulsos do corpo do possesso. Começaram a dizer a Jesus: ‘Por que nos atormentas, que tem que ver conosco’?…

Ora, também isto não combina com uma interpretação demonológica. Não se encaixa com o senso comum supor que eles poderiam entrar em pânico vendo que iriam perder sua morada.

Mas se explica perfeitamente pela mentalidade primitiva da época, que mesmo sabendo que os demônios eram puramente espíritos, os imaginavam com algo de corpo, mais ou menos tênue, e que precisariam de um corpo para habitar.

Depois levanta o ‘endemoninhado’ os olhos e vê os porcos. Achando ele, na sua dramatização demonológica que estava possuído pelo demônio, pensou logicamente: se o demônio vai abandonar o seu corpo, precisa de outro corpo para morar, e por associação de ideias, pode entrar nos porcos”. (QUEVEDO, OEPNET, ativo 28/05/23)

2.13. Sobre a Telergia – Explicação
Não se trata aqui em discutir sobre o chamado mau-olhado e nem de explica-lo. Mas levar em consideração que o “chamado mau-olhado ou influxo sobre as plantas e animais pequenos. Mas ao menos como hipótese de trabalho. Entre a hipótese demonológica e a hipótese parapsicológica de mau-olhado, temos de escolher. Muitos leitores terão ouvido falar de alguma vez, alguma pessoa olha com admiração e secreta inveja uma planta, e no dia seguinte, a planta está murcha. Ou quando uma pessoa olha com inveja um passarinho, e no dia seguinte o passarinho está morto. É telergia, a nossa energia somática transformada e exteriorizada. Pode atuar sobre plantas e animais pequenos; e não atua sobre o homem e animais grandes.

Nas casas ‘Mal-assombradas’, as pedras que se mexem ou voam, nunca batem a não ser na própria pessoa que as movimenta telergicamente. Mas é muito raro que o dotado de faculdades parapsicológicas pretenda se destruir a si mesmo. Geralmente, quer ‘destruir’ a outra pessoa, ou chamar atenção de outras pessoas. Daí que as pedras vão ‘assustar’ a outras pessoas. O mais que se pode acontecer é que se sinta um pequeno toque por efeito da inércia, ou um vento do objeto ou telergia que passa”. (QUEVEDO,OEPNET, ativo 28/05/23)

2.14. Os porcos – Telergia e a Dramatização do Inconsciente
O ‘endemoninhado’ não pode influir sobre os porcos com a telergia, mas pode sobre um ou dois porcos. Dramatizou o inconsciente do ‘endemoninhado’ a ‘passagem dos demônios’ pela telergia para os porcos e isto bastou para assustar um ou dois porcos.

Assusta-se um porco ou dois e se assustam todos. Igual quando se assusta um boi e temos o estouro da boiada. Assusta-se um peixe, e assusta-se todo o cardume. Assusta-se uma pomba e, entram em pânico todas que lá estão…

Assustados os porcos, correndo em pânico, chegam onde termina o terreno e sem poder parar (mesmo que os primeiros porcos tentassem parar, os que vem por trás os empurram) e caem pelo barranco ao lago e se afogam”. (QUEVEDO, OEPNET, ativo 28/05/23)

2.15. Absurdo a interpretação demonológica
“Mas isso não se encaixa numa interpretação demonológica: se (hipoteticamente) fossem os demônios que estavam procurando uma ‘casa’ (corpo), cuidariam dos porcos. Do contrário, perderiam sua ‘casa’…

Todo o conjunto se interpreta perfeitamente por forças naturais. Nenhum fenômeno há no caso que supere as forças naturais. E além do mais, resulta contraditório uma interpretação demonológica. Todos esses fatos são absolutamente naturais. Não há milagres do demônio.

Em tudo o que até aqui foi dito, estamos dando por suposto a interpretação literal ou histórica do fato fundamental, o que realmente aos olhos da ciência é inegável”. (QUEVEDO, OEPNET, ativo 28/05/23)

2.16 – Louco (sem roupa) e em são Juízo
Em Mc 5,15 “Foram até Jesus e viram o endemoninhado sentado, vestido em são Juízo, aquele mesmo que tivera a legião. E ficaram com medo”. Lc 8, 35. “As pessoas então saíram para ver o que acontecera. Foram até Jesus e encontraram o homem, do qual havia saído dos demônios, sentado aos pés de Jesus, vestido e em são juízo”. Em Lc 8,27 também encontramos que ele andava sem roupas: “Ao pisarem terra firme, veio ao seu encontro um homem da cidade, possesso de demônios. Havia muito que andava sem roupas e não habitava em casa alguma, mas em sepulturas”.

Qualquer comportamento estranho era visto como loucura, o que não significa que em muitos casos não fossem. Mas é bom lembrar que quem vive nos cemitérios e nu é alguém que normalmente vive sem as mínimas condições de vida.

Diferente de hoje, ter uma roupa para vestir e viver com ela surrada direta naquele tempo não era de se estranhar. Por isso a sagrada escritura diz muito em vestir aquele que estar nu. E Jesus mesmo no evangelho de Mateus diz estava nu e não me vestistes.

Mas deixando a causa da miséria que levava a nudez aqui me parece que mesmo na condição sub-humana de viver em cemitérios, este apresenta pelo comportamento, meio louco. E por isso fala que depois as pessoas o viram em são Juízo. Se estava em são Juízo, não veem mais como louco. O que em termos teológicos o encontro com Jesus o fez ser uma pessoa com juízo perfeito, ou seja, curado, liberto.

2.16.1. João Batista e Jesus acusados de “Loucos”.
João Batista como aparece nos evangelhos é apresentado como quem vestia e procedia de maneira estranha, excêntrica. Os sinais físicos que apresentavam acabavam chamando atenção. Também a maneira de alimentar e ficar no deserto. Pelo comportamento externo parecia um louco. Veja em Mateus 3,1-12. Não se vê externamente nenhuma lesão, nenhuma doença, então está louco, ou com um “demônio”. Não está em outras palavras com o juízo perfeito. Foi assim visto neste trecho do evangelho de Mateus.

No Evangelho de Lucas 7, 33-34, Jesus diz: “João Batista, que não come pão e nem bebe vinho, e dizeis: ‘O demônio está nele!’ Veio o Filho do homem, que come e bebe, e dizeis: ‘Eis aí um glutão e beberrão, amigo de publicanos e pescadores’”.

Jesus fazia afirmações muito fortes, mirabolantes. Isto fez com que os Judeus dissessem que estava louco (Jo 8,52 – “Disseram-lhe os judeus: ‘Agora sabemos que tens demônio. Abraão morreu, os profetas também, mas tu dizes: ‘se alguém guardar minha palavra, jamais provará a morte’”).

Conclusão
Como todo artigo que você lê sempre há a possibilidade de novas interpretações, perceber outros detalhes. Neste artigo, com certeza não é diferente. Por isso todo texto, traz uma riqueza inesgotável, principalmente em se tratando de textos do evangelho, que apresentei aqui, que quanto mais relemos, principalmente a partir da fé, vamos descobrindo que Deus nos revela por meio deles sempre algo que precisamos em nossa vida para nos orientar.

Não tenho a pretensão aqui de esgotar o assunto neste artigo e isto é também impossível, mas você leitor deve estar vendo e concluindo outras coisas a partir de sua leitura, o que é mais que normal e muito bom.

Espero que com este artigo: Jesus e os “endemoninhados”, visto e refletido a partir de três passagens do evangelho sinóticos possa ter ajudado a você leitor a compreender numa perspectiva nova, levando em conta a exegese bíblica, porém com uma outra explicação a partir do esclarecimento à luz da ciência parapsicológica.

Pe. Emanuel Cordeiro Costa
Parapsicólogo Clinico
ABPSIG – Registro 409

Referências bibliográficas
– BIBLIA DE JERUSALÉM. Editora Paulus. 4ª impressão, 2006. São Paulo.
– QUEVEDO, Oscar G. Antes que os Demônios Voltem. Editora Loyola, São Paulo – SP, 1993.
– QUEVEDO, O Endemoninhado de Gergesa. Site OEPNET, ativo 28/05/23
– QUEVEDO, Enfermos e Possessos na Bíblia. Site OEPNET, ativo 29/05/23

LEIA TAMBÉM

    cat