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I – Breve comentário dos Fenômenos Extranormais de Conhecimento

28 de março de 2020   .   
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(Texto de Pe. Emanuel Cordeiro Costa com Certificado de Registro de Averbação na Fundação Biblioteca Nacional – EDA – Nº 771.101 – livro 1.496 – folha 219)

Introdução
Para facilitar a leitura do internauta procurei nos artigos dos Fenômenos Extranormais de conhecimento, conceitua-los. Em outros artigos exemplifica-los para ajudar o leitor assim assimilar um pouco mais este trabalho, compreendendo-o melhor.

Normalmente tenho pedido aqui ao internauta para que leia o artigo sobre “Correntes (Escolas) de Parapsicologia no Brasil, o que facilita a compreensão dos demais artigos. Outro artigo que sugiro ler também que está publicado neste site é: “Escolas de parapsicologia fora do Brasil.

Da escola de parapsicologia ligada ao Pe. Quevedo, Pe. Raimundo apresenta como Fenômenos Extranormais de Conhecimento, estes que já conceituei aqui no Site Emana & Parapsicologia. São: Hiperestesia Direta (HD), Cumberlandismo, Hiperestesia Indireta do Pensamento (HIP), Pantominésia, Xenoglossia, Talento do Inconsciente. Outro, da escola de Quevedo, é Benjamim Bossa, ele já utiliza a segunda classificação dos fenômenos parapsicológicos de Quevedo, chamando esses, de Fenômenos Extranormais de Efeitos Psíquicos. Diferente um pouco dos demais da escola de Quevedo, ele inclui junto a esses fenômenos citados, mais dois: a Psicografia e Radiestesia. Mesmo assim não coloca a radiestesia como Fenômeno Parapsicológico normal.

Esses Fenômenos foram objetos de estudos da Escola de Parapsicologia Materialista Russa. Como a Escola de Quevedo é a Teórica ela toma elementos de todas as demais. Colocando esses Fenômenos em destaque chamando-os de Extranormais de Conhecimento ou de Efeitos Psíquicos.

São considerados extranormais. Extra – por que a manifestação é extraordinária e
Normal – porque as faculdades como tais, todos temos no inconsciente.

Obs.: A Escola de Quevedo, numa visão mais ampla, em relação as Escolas de Parapsicologia Fora do Brasil, se enquadra na Escola Teórica de Parapsicologia. Na Classificação feita por Dr. Pedro Antônio Grisa ele a Classifica como Escola Católica de Parapsicologia.

1.1 Outras escolas
1.1.1 Escola Cientifica e Independente de Parapsicologia, Sistema Grisa
A Escola Cientifica e Independente de Parapsicologia, Sistema Grisa, não estuda estes fenômenos Extranormais de Conhecimento ou Extranormais de Efeitos Psíquicos.

A “Escola Cientifica e Independente” de Parapsicologia do Sistema Grisa não trabalha o termo inconsciente e sim subconsciente. Bem diferente da escola de Quevedo e das demais, trabalha o termo subconsciente de forma bem diferente. Para Quevedo o Inconsciente é Inteligente. Para o Sistema Grisa o subconsciente é mecânico, automático, comparado a uma besta, apenas executando o que está programado nele. Execução esta inteligente ou não, positiva ou não.

Para a Escola de Quevedo a Telepatia é Fenômeno de Percepção Extra-Sensorial, que não é tão frequente, pois leva em conta primeiro os Fenômenos Extranormais. Estes são frequentes, mesmo quando não percebidos conscientemente. Normalmente desenvolvidos pelos hiperestésicos e sensitivos. Para o Sistema Grisa muitos Fenômenos que são Extranormais, como Hiperestesia e Cumberlandismo são considerados Fenômenos de Percepção Extra-Sensorial. Para Quevedo muitas coisas se explicam por Hiperestesia e Cumberlandismo, para Grisa é telepatia ou outro fenômeno de Percepção Extra-Sensorial. Segundo Grisa a telepatia é frequente.

1.1.2 IPPP – Instituto Pernambucano de Pesquisas Psicobiofísicas.
As “Escolas Espiritas de Parapsicologia”, não estuda a exemplo do Sistema Grisa, os Fenômenos Extranormais de Conhecimento da Escola Pe. Quevedo. Apenas o IPPP, menciona sem grande destaque a Hiperestesia, a Xenoglossia, a Radiestesia e a Psicografia colocando-os como Fenômenos de Percepção Extra-Sensorial ou Psi-Gama.

A crítica feita por Valter da Rosa Borges (IPPP) ao inconsciente como normalmente é apresentado, vale ao meu modo de ver, a mesma coisa para o subconsciente como também é apresentado pelo Sistema Grisa. Porém, não estou dizendo que temos que concordar com a crítica, mas nos ajuda a pensar e refletir.

“O inconsciente, é um conceito puramente funcional. Erich Fromm já advertia que não se deveria dar um sentido substantivo, mas funcional ao inconsciente. Para ele, o inconsciente não é racional nem irracional, mas ambas as coisas. E afirma: ‘o consciente e o inconsciente se referem a funções, e não a lugares nem a conteúdos” (BORGES, 2015, p. 109).

Faz também uma crítica ao Quevedo que fala do inconsciente “inteligente”. Ele não usa o nome Quevedo, faz subtendendo, usando-o indiretamente como sujeito quando fala

“Dizer, como o fazem certos parapsicólogos, que o inconsciente é mais inteligente do que o consciente não passa de rematada tolice, porque é uma afirmação destituída de qualquer fundamento cientifico. O que a experiência tem revelado é que a mente humana se torna mais criativa quando, abandonando a sua atividade racional e analítica, se deixa empolgar pelo processo estocástico das associações livres do inconsciente”. (BORGES, 2015, p. 109-110).

Depois desta pausa da crítica feita ao Quevedo, volto a Análise crítica de Valter sobre o inconsciente valendo, como já disse para o subconsciente como também é apresentado no Sistema Grisa. Mais uma vez não estou dizendo que temos que concordar com ele, mas que a posição dele nos ajude a refletir e pensar.

“Jung recoloca o inconsciente no seu devido lugar, argumentando que ‘se o inconsciente fosse efetivamente superior à consciência, seria simplesmente difícil ver em que consiste, afinal a utilidade do consciente, ou porque motivo o fenômeno da consciência surgiu no transcurso da evolução filogenética como um elemento necessário’.

O inconsciente, na verdade, não é superior ao consciente: é diferente. Ele age alogicamente, estabelecendo as mais imprevisíveis associações. Por não ser metódico, mas caótico ou paradoxal, pode levar o homem a notáveis descobertas ou invenções, mas também a lamentáveis equívocos e ilusões.

Dúvida não há de que a atividade inconsciente é a via preferida da manifestação paranormal. Mas, por isso, não devemos pressupor que o inconsciente é a causa do referido fenômeno…” (BORGES, 2015, p. 110).

Valter da Rosa Borges, propôs na conclusão do Primeiro Encontro Nacional de Pesquisadores no Campo da Parapsicologia, Psicotrônica e Psicobiofísica, “a substituição da hipótese do inconsciente pela hipótese da função psi para explicação da causa dos fenômenos paranormais”. (BORGES, 2015, p. 110). Segundo ele a causa dos fenômenos paranormais se apoia nos seguintes resultados (na citação a baixo, sem perder o conteúdo, resumi um pouco para não estender muito o assunto):

“a) A mente humana é dotada de uma faculdade (função psi)…
b) A função psi é de natureza psíquica e estabelece uma forma especial de relação do homem com a realidade.
c) A função psi é um processo inconsciente e, por conseguinte, involuntário…
d) O potencial da função psi… É destituído de qualquer base experimental e até mesmo empírica.
e) Finalmente, diz que tudo ou quase tudo com que o homem se relaciona através da função psi se refere ao seu próprio universo. Tudo ou quase tudo que ele não sabia e passou a saber, por meios paranormais, se originou da mente de outros homens ou de
acontecimentos do próprio mundo material. Até mesmo a Precognição não pode ser atribuída a um fator extra-humano, visto que, experimentalmente, a função Psi tem se comportado como se não estivesse subordinada às categorias a priori de tempo e de espaço”. (BORGES, 2015, p. 110-111).

Valter vai dizer que sua proposta reconhece que:

“O fenômeno paranormal como produto de uma das funções da mente humana – a função Psi – e redirecionada a atividade do parapsicólogo para investigação desta extraordinária faculdade psíquica, possibilitando uma compreensão mais ampla e mais profunda da realidade”. (BORGES, 2015, p. 111).

Ele faz outras considerações a respeito do inconsciente, haja visto que no capítulo seguinte, intitulado “Parapsicologia: uma avaliação crítica fenomenológica, trata da abordagem do inconsciente e das outras faculdades da mente humana. Detalhar o assunto aqui o tornaria exaustivo por isso não fiz.

1.2 Linguagem Corporal
Quem já estudou linguagem corporal vê que os Fenômenos Extranormais de Conhecimento ou de Efeitos Psíquicos vão nesta linha. Nas outras Escolas de Parapsicologia, menos a do Quevedo, a Linguagem Corporal não tem o lugar que merece, o destaque que precisa.

Pois realmente o estudo da Linguagem Corporal nos faz conhecer muitas coisas nas pessoas, pensamentos, sentimentos, emoções, etc. Aparentemente é simples de compreende-la, mas o domínio da Linguagem Corporal precisa, necessita de estudo e treino.

Profundo conhecedores da linguagem corporal Allan & Barbara Pease, falam que muitos que fazem leitura e adivinhação dos outros, que para nós seriam paranormais, pode até ser em alguns casos, mas no fundo são conhecedores da Linguagem Corporal. E são bons leitores da linguagem corporal. Veja no livro deles, citado na referência Bibliográfica. Uma consideração sobre os Videntes nos fará entender um pouco o que fazem. Sobre os Videntes, fala em seu livro no subitem: “Como é que os videntes sabem tanto”.

“Se você já consultou um vidente, provavelmente saiu assombrado com as coisas que ele sabia a seu respeito – coisas que ninguém poderia saber. Você saiu convencido de que se tratava de um paranormal, certo?

Pesquisas realizadas mostram que os videntes usam uma técnica conhecida como ‘leitura a frio’, capaz de proporcionar uma precisão de cerca de 80% quando se ‘lê’ uma pessoa desconhecida. Ainda que possa parecer mágica, trata-se simplesmente de um processo baseado na observação atenta dos sinais da linguagem corporal, aliado ao entendimento da natureza humana e ao conhecimento de probabilidades estatísticas. Médiuns, leitores de cartas de tarô, astrólogos e quiromantes utilizam essa técnica para reunir informações sobre o ‘cliente’. Por não terem plena consciência de sua capacidade de ler sinais não-verbais, muitos praticantes da ‘leitura a frio’ acabam se convencendo de que tem poderes mediúnicos. Tudo isso contribui para um desempenho convincente, ajudado pelo fato de que as pessoas que consultam ‘paranormais’ geralmente confiam que o resultado será positivo. Junte-se um baralho de cartas de tarô, uma ou duas bolas de cristal e um pouco de teatro, e o cenário está montado para uma sessão de leitura de sinais da linguagem corporal capaz de convencer até o mais empedernido dos céticos de que forças estranhas e mágicas estão em ação. No final, tudo se resume à capacidade do vidente de decodificar, junto com as informações obtidas da simples observação da aparecia do cliente, as reações destes às suas afirmações. A maioria dos ‘paranormais’ são mulheres, porque, como já dissemos, elas possuem recursos cerebrais adicionais que lhes permitem ler tanto os sinais corporais dos bebês quando o estado emocional das pessoas”. (ALLAN & PEASE, 2005, p. 22-23).

Apenas uma peque observação em relação ao texto acima, Allan e Barbara Pease, não faz a distinção de Fenômenos Paranormais e Extranormais de Conhecimento, tratando a todos igualmente de Paranormais.

Conclusão Geral sobre os Fenômenos Extranormais de Conhecimento.
Independente desta divergência o importante é que a Fenomenologia Paranormal existe e nem sempre é fácil de compreender esses fenômenos quando abrimos horizontes para outras vertentes para conhece-los. É bom também o abrir horizontes diante do que é complexo não caindo em analise simplista e acabadas.

Caro internauta o trabalho aqui é de síntese dos Fenômenos Extranormais de Conhecimento. Não me prendi aqui a exemplos, deixando estes para publicações de outros artigos no Site Emana & Parapsicologia. Neste artigo onde estão elencados os Fenômenos Extranormais de Conhecimento, procurei mais conceitua-los de modo sucinto e o mais claro possível para a compreensão de todos. Espero que todos possam ter uma boa compreensão do assunto e gostem do estudo.

Referência Bibliográfica
ALLAN & PEASE, Barbara. Desvendando os segredos da Linguagem Corporal. Editora Sextante. 5ª edição. 2005, Rio de Janeiro – RJ.

BORGES, Valter da Rosa. A Mente Mágica. Edição do Autor, Recife, 2015, 248p.

Autor: Pe. Emanuel Cordeiro Costa
– Parapsicólogo Clinico – SINPASC – 409.
Especialização – Lato Sensu em
Orientação Parapsicológica Social e Institucional
Pela FAVI – Faculdade Vicentina – Curitiba – PR.
– Psicoterapia Holística: Hipnose
Terapeuta Holístico Credenciado – CRT 48326
– Paroquia São Pedro
Ipatinga – MG
Publicado em 16/11/17

 

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