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Bater na canga para o burro entender

02 de março de 2020   .    Padre Emanuel Artigos
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Muitas vezes para não falarmos direto aos outros jogamos indiretas e a pessoa ou as pessoas entendem que esta sendo para ela ou elas. Só que neste caso a indireta é pejorativa, chamando o outro de burro. É ofensiva. Mesmo se achamos que o outro tem dificuldade de entender e precisamos de uma indireta bem precisa, não deveríamos ofendê-lo e considerar burro por isso. Inteligência não se mede por aí.

Temos também outras variantes desse ditado: “Para um bom entendedor meias palavra bastam” e temos: “para quem sabe ler um pingo é letra”.

Para a pessoa que tem raciocínio rápido e empatia com a outra se interessando pelo assunto dela basta poucas palavras para o entendimento, ou seja, meias palavras bastam. É claro que sabendo ler, pelo menos com um mínimo razoável de alfabetização um pingo é letra. Qualquer sinal gráfico saberá o que significa. Mas o sentido de pequenas coisas (pingo) dadas no discurso quando nos relacionamos dependerá da sintonia do diálogo e aí sim qualquer sinal na comunicação será decifrado.

Bem ou mal, oportuna e inoportunamente, as pessoas conversam jogando indiretas. Por achar que assim não ofendem ou ofendem menos. Dependendo da pessoa, falar diretamente pode ser ocasião para brigas, se esta não é de diálogo. Então a saída para a indireta acaba tendo a sua razão de existir. Mas cuidado, quando as indiretas vêm com pitadas de ironias, cinismo, deboche ela é péssima sendo ofensiva e nem sempre ajudando no relacionamento para estabelecer uma boa comunicação e diálogo.

Existem muitos meios de falar a outra pessoa, nas mais diversas situações que procurando a compreensão, o entendimento o bom relacionamento, mesmo não sendo tão diretos acaba acontecendo o mais importante à comunicação entre nós.

 

Artigo de: Pe. Emanuel Cordeiro Costa