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“Adquire fama e deita-te na cama”.

19 de julho de 2020   .    Padre Emanuel Artigos
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A fama no seu aspecto positivo, ótimo. A pessoa ter fama por algum talento que tem, por alguma virtude que adquiriu, parabéns! No entanto, a expressão: “Adquire fama e deita-te na cama”, costuma trazer uma carga negativa referindo à pessoa que ficou estigmatizada por alguma coisa errada que fizera no passado e depois mesmo tentando mudar e demonstrando mudança, ainda ficam os resquícios do passado. Não sendo acreditada, logo alguns já deduzem apressadamente a seu respeito: vai ver que foi fulano que fez, já que é uma pessoa ou foi…. Quantas pessoas carregam certos estigmas pelo o resto da vida. A sociedade neste ponto muitas vezes só olha a pessoa a partir de certos erros cometidos e mesmo a pessoa tentando demonstrar o contrário, persistem as desconfianças. Da parte de quem age assim em sociedade, esta(s) tem uma atitude profundamente desrespeitosa ao insinuar que a pessoa é aquilo que é por uma questão preconceituosa que trazem sobre ela em suas cabeças por supostas coisas que ela(s) cometera(m). E a sociedade em nome do erro da outra comete o seu. Quem carrega o estigma se não tiver cuidados se perde numa dessas se comportando para agradar aqueles que querem ver nelas algo errado. É até comum ouvir nesses casos que “o teu passado te condena” …

Não estou dizendo que todos que erram se converteram e mudaram de vida. Refiro-me aqui aos fatos em que somos incapazes de perceber as mudanças das pessoas e com isso termos uma atitude social de quem carece de bodes expiatórios para descarregar seus pecados, não querendo ver a mudanças em nossos semelhantes e vendo as pessoas a partir da “fama” que adquiriram pejorativamente.

Precisamos aprender nos despir de todo o preconceito conseguiremos enxergar o outro não a partir da “fama” adquirida seja esta positiva ou negativa, mas vendo-o como pessoa e procurando conhecê-la na sua integridade a partir do que ela verdadeiramente apresenta em suas atitudes e expressões e não de imagens pré-estabelecida que tivéssemos da mesma.

 

Artigo de: Pe. Emanuel Cordeiro Costa