Segundo os critérios de tempo, pode-se dividir a História da Humanidade em duas eras com características marcantes nas civilizações abarcadas por elas.
12.1) ERA DOS MÚSCULOS
Foi um período em que o esforço realizado pelo homem na busca da Sobrevivência dependia fundamentalmente da sua força muscular e a força muscular dos animais, particularmente muares, bovinos e equinos.
Durante esse período histórico os seres humanos desenvolvem hábitos e costumes, normas e leis que estruturam a organização social, religiosa e cultural, política e econômica, tendo como objetivo maior garantir a sobrevivência das pessoas e dos grupos sociais da própria espécie.
12.2) ERA TECNOLÓGICA
No final do século XIX e com o desenvolvimento acelerado da tecnologia do Século XX surgem várias oportunidade da mulher ingressar no mercado de trabalho.
Por ocasião da primeira Guerra Mundial os homens iam para as frentes de combate como soldados permanecendo anos ou meses, sendo mortos ou voltando mutilados. As mulheres tinham que substituir o homem nos setores produtivos, no campo, indústria e no comércio, pois tinha que garantir sua sobrevivência e da família.
Terminada a grande guerra os homens não foram mais suficientes para substituir as mulheres que já haviam ocupado um espaço com muita habilidade e competência.
De acordo com a LEI DA EVOLUÇÃO a guerra somente acelerou um processo abrindo oportunidades para as mulheres em atividades extras domiciliares. Uma das primeiras atividades foi a de professora. A ciência e a tecnologia geraram a pílula anticoncepcional e outros instrumentos de controle de natalidade. A mulher não precisa conviver com sucessivas gestações.
A menina educada para não ser somente uma doméstica, busca a profissionalização e a autossuficiência. A libertação feminina é por vezes extremamente feminista.
O oposto acontece com o homem. Continua-se a educar os meninos dentro dos velhos padrões e princípios da Era dos Músculos; com raras exceções.
“Homem não chora!”, “Menino não faz serviço de mulher!”.
. “Homem tem que ser forte!”.
. “Homem tem que sustentar a família!”.
. “Homem tem que ser macho!” (Ao tentar salvar sua imagem de poder, busca afirmar-se, apelando para o papel de homem-macho – “garanhão”).
HOMEM SOFRE MAIS
Estamos vivendo um processo de mudança, essa passagem crítica da Era dos Músculos para a Era Tecnológica, esse processo desencadeia insegurança, produz conflitos, perturbações, atritos, dores e lamentos. O homem sofre mais devido à educação arcaica.
As estatísticas mostram que 90% dos alcoólatras no mundo são masculinos; e que 70% dos homossexuais dos países desenvolvidos também. Mostram a insegurança frente à vida – diante do futuro – típicos sintomas de depressão e frustração. As programações subconscientes exigem do homem, que banque o homem com H; enquanto vê as mulheres preencherem os espaços que era dele por milênios. É a confusão causada por arcaicas programações (impulsos cegos, mecânicos e automáticos) persiste e continua causando vítimas femininas e masculinas.
A afirmação de que homem sofre mais, vem de uma observação objetiva e análise científica dos fatos. Não se deve culpar a mulher por essa situação, nem tampouco recriminar o homem. É necessário o diálogo real e efetivo, sob a luz da razão para que ambos busquem realisticamente o caminho da felicidade plena. Realizando nova distribuição de tarefas de acordo com as potencialidades e capacidades das pessoas, independente do sexo. É o momento de vivenciar efetivamente o princípio da igualdade.
Todo esse contexto histórico-geográfico promoverá a formação, o desenvolvimento e a estrutura das personalidades com características emocionais e comportamentais, marcadas diretamente pelo meio.
PAPEL DO HOMEM E DA MULHER
Um dos mais graves conflitos na vida atual dos seres humanos, especialmente relacionados à própria identidade, por não haver uma percepção clara do que é ser homem ou ser mulher. No passado havia um conceito claro do papel de homem e de mulher, no contexto familiar, sociocultural, econômico e religioso.
Pouco ou quase nada se sabia sobre o controle de natalidade e os papeis de homem e mulher eram bem definidos. A mulher vivia grávida dos 16 aos 46 anos, o que a impedia de realizar maiores esforços musculares, por isso ficava em casa, ocupando-se dos afazeres domésticos e dos trabalhos mais leves, como alimentar os animais, os filhos, fazer artesanatos.
Durante milênios a mulher percebe essa realidade como natural, lógica, bonita e simples. No desempenho de seu papel de mãe precisa alimentar seu bebê com leite materno a intervalos relativamente curtos. Daí um motivo a mais para permanecer em casa. Ela executa tarefas das mais simples às mais sofisticadas, desenvolvendo um senso de observação nos detalhes. No cuidado com os filhos lhe é exigida apurada percepção diante dos gestos, movimentos e trejeitos das crianças. Aprende a perceber os diferentes tipos de choro das crianças, desenvolvendo assim a inteligência intuitiva da mulher.
O homem por não engravidar, tinha mais condições de sair de casa em busca dos bens necessários à sua sobrevivência e da família. Tarefa que exigia agilidade e esforço muscular. Ele tinha obrigação de buscar comida, agasalho e teto, garantindo a proteção e sobrevivência de seus familiares. O homem precisa ser muscularmente forte, ser corajoso, não chorar, ser valente.
As atividades do mundo exterior exigem percepção clara e rápida, desenvolvendo no homem a inteligência prática.
No final do dia, depois da lida diária, o homem não tem apenas o direito de descansar e sim a obrigação. Mulher e filhos o poupam e sente-se na obrigação de servi-lo…
Ele conhece lá fora um mundo mais amplo e vasto, par isso participa de forma mais direta do mundo econômico, social e cultural, tendo a obrigação e o direito de dar a opinião principal e tomar a decisão necessária.
Ditos populares como “Quem manda em casa é o galo e não a galinha” surgem para enfatizar o papel do homem, quando por insegurança deixa de exercer a liderança. Esses provérbios surgem quando a mulher ingressa no mercado de trabalho e o homem começa a perder espaço.
Ele sente assaltado por dois grandes medos: O medo de que os outros pensem que a mulher manda nele e o medo de perder a autoridade.
Considera-se que quem não tem segurança para exercer autoridade de forma normal, impõem-se através do autoritarismo e da violência, não sendo essas as melhores formas.
CONCLUSÃO
O momento histórico nos ensina que homem e mulher podem andar “lado a lado”, com olhares firmes e límpidos, claros e francos, na certeza de que cada um traz, para esse momento a soma de todos os talentos, de todas as forças, de todos os afetos para construírem juntos, uma vida mais rica e feliz.
Os meninos precisam saber que eles não deixam de ser homens por ajudar a mulher nas tarefas domésticas.
Fonte:
Seguidores da Parapsicologia – Curso de Parapsicologia – Primeira Parte. Blog ativo em 15/06/23