Seja Bem-vindo, 19 de maio de 2024

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IDEOPLASTIA – Número 1

01 de março de 2020   .   
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Iª Parte
Obs.: Neste trabalho, com esse tema: Ideoplastia, reproduzo em grande parte o texto do parapsicólogo Pe. Edvino Augusto Friderichs (falecido), publicado no seu livro “Panorama da Parapsicologia ao alcance de todos”, páginas 128 a 129, e também um outro texto de Valter da Rosa Borges do seu livro “Manual de Parapsicologia, páginas 163 e 164, conforme referências bibliográficas. Dois autores de linhas totalmente diferentes. Por isso a abordagem é diferente, a compreensão do fenômeno, mesmo havendo pontos em comuns entre eles, mas há também pontos bem discordantes. Se bem que nesta matéria especifica, sobre Ideoplastia, diferentes dos outros temas por eles abordados onde é notório, claro, explicito as divergências; neste nem tanto, porém, ela existe de maneira, velada, sutilmente, subliminarmente.

Na construção deste artigo, em alguns momentos coloco os parágrafos dos dois textos em outra ordem e também introduzo subtemas aos mesmos. Também acrescentando minhas opiniões com frases e breves comentários. Com acréscimo de parênteses, frases e parágrafos longos, como na conclusão, expressando minha opinião e ideia sobre o assunto e comentário não tão breve.

Introdução
O parapsicólogo Pe. Edvino da escola de parapsicologia ligada ao Pe. Quevedo, só encontrei nele, nem em Pe. Quevedo e nos demais seguidores a abordagem desse tema.

Pe. Edvino – Ideoplastia
Daqui para frente durante boa parte desse artigo, a Ideoplastia, estará sendo abordada dentro da visão de Pe. Edvino. Depois falo da outra abordagem de Valter da Rosa Borges. O Pe. Edvino na Classificação dos Fenômenos, Classifica a Ideoplastia como Fenômeno de Efeito Físico. Valter o Classifica como Fenômeno Psi-Kapa.

IIª Parte
Conceituando
“Ideoplastia é o fenômeno em que o inconsciente molda o ectoplasma para a reprodução de imagens que ele tem de rostos, mãos, membros, ou, em casos mais raros, do corpo inteiro de uma pessoa. Esta imagem ou ideia, quando realizada, é o que denominamos ideoplastia”. (FRIDERICHS, p. 128).

Portanto, temos a noção clara do que seja a Ideoplastia até aqui. Porém, vamos alargando um pouco mais a compreensão e entendendo que essa: “Ideia, inicialmente abstrata, depois concretizada, plasmada, materializada. Portanto, uma representação materializada de uma ideia, seja talvez a definição mais ao alcance de todos”. (FRIDERICHS, p. 128).

Caso o leitor fique na dúvida quanto o termo: plasmada e ectoplasma, confira no Site Emana & Parapsicologia um artigo publicado que é: ECTOPLASMIA – NÚMERO 1. Virá logo abaixo um outro termo que é Telergia, que você encontrará dois artigos no Site Emana & Parapsicologia. No Site Emana & Parapsicologia, tem várias matérias publicadas como você verá na medida que continuar lendo este artigo, como por exemplo ECTO-COLO-PLASMIA – NÚMERO 1. É só conferir no Site.

“A ideoplastia é um fato real. Até que grau de perfeição ela pode servir-se do ectoplasma para formar rostos ou membros humanos ou mesmo animais? É preciso antes de mais nada, não esquecer que ectoplasma é uma telergia condensada. Além disto, pela sua capacidade de se acomodar aos desejos inconsciente, fenômeno denominado psicobulia, e de moldar-se para reproduzir plasticamente as imagens do inconsciente, o que se chama de ideoplastia, é a própria base das reproduções de membros ou figuras incompletas, mais ou menos rudimentares, fenômeno designado com o nome de ecto-colo-plasmia (colo = membro)”. (FRIDERICHS, p. 128).

A conceituação que apresentei acaba sendo praticamente, uma definição, como o autor, o parapsicólogo Pe. Edvino explica a Ideoplastia.

IIIª Parte
Exemplo
O exemplo dado foi descrito por Crookes de maneira breve. O que ilustra a explicação sobre a Ideoplastia. Crookes:

“Em plena luz, vi uma nuvem luminosa, mais clara que a luz circundante, pairar sobre o heliotrópio, colocado sobre uma mesa, do nosso lado, quebrar um galho e trazê-lo a uma senhora. E, em algumas ocasiões, percebi uma nuvem semelhante condensar-se sob nossos olhos, tomando uma forma de mão rudimentar e transportar pequenos objetos…

O fato foi observado diversas vezes pelos controladores, em plena luz, vendo-se o ectoplasma condensar-se gradativamente, primeiro como um nevoeiro e, por fim, com maior densidade, em forma de mão. As experiencias se realizavam na própria casa de Crookes. Uma fraude não entra em cogitação”. (FRIDERICHS, p. 128-129).

Explicação clara de Pe. Edvino sobre o exemplo citado: “Temos aqui o caso como uma telergia, isto é, uma energia dirigida pelo inconsciente se transforma em ectoplasma, portanto uma matéria, uma telergia condensada”. (FRIDERICHS, p.129).

A matéria libera energia
“A física moderna de Einstein, Piank, Ostwald e outro suprimiu praticamente as fronteiras entre energia material e matéria. Hoje os físicos afirmam que toda matéria libera energia e por outra, reconhecem que a energia material tem peso, massa e estrutura, isto é, está sujeita às leis da gravidade, opõe resistência ao movimento e possui forma que ocupa lugar.

Por essa via podemos compreender melhor de como a telergia pode transformar-se em ectoplasma e em mão rudimentar”. (FRIDERICHS, p.129).

IVª Parte
Exemplo da Médium Eva Carrière
O parapsicólogo Pe. Edvino estudou este caso e diz:

“O Prof. Flournoy, falando de Eva Carriére, explica a ideoplastia na ecto-colo-plasmia: ‘As lembranças latentes no inconsciente da médium ou as elucubrações de sua imaginação tomam corpo, literalmente, no exterior, fazendo-se visíveis e fotografáveis, modelando, de acordo com a imagem esta misteriosa substância que expele de seu organismo’.

A própria Eva Carriére dá a mesma explicação em outras palavras. Schrenchk-Notzing dá para este fenômeno a seguinte definição: É como uma espécie de demiurgo que imagina os objetos e imprime sobre a matéria amorfa as ideias ou os sonhos da imaginação que lhe passam pelo cérebro”. (FRIDERICHS, p.129).

Valter da Rosa Borges
Como citei na observação antes da introdução desse artigo, Valter da Rosa Borges, apresenta a Ideoplastia sobre outro aspecto e enfoque. Assim ele define a Ideoplastia como sendo a aquilo que designa “Toda e qualquer impressão física que a mente do Agente Psi possa produzir em seu próprio corpo ou sobre a matéria em geral, como também criação de formas humanas e não-humanas, utilizando-se de seus recursos ectoplásmicos”. (BORGES, p. 163).

Como falei também na introdução há pontos em comuns e discordantes entre os dois autores. Na breve definição que Valter faz, com palavras diferentes, não difere muito do Pe. Edvino. Depois Valter fala de Ideoplastia: orgânica, física e ectoplásmica.

Orgânica
“Quando a mente do Agente Psi age ideoplasticamente sobre o seu próprio corpo, produz os fenômenos de dermografismo, estigmatização e transfiguração”. (BORGES, p. 163).

Física
“Quando a mente do Agente Psi age ideoplasticamente sobre a matéria em geral, produz os fenômenos de pneumatografia, pintura direta, escotografia e gravações em fita magnética e de vídeo cassete”. (BORGES, p. 163).

Quanto a alguns fenômenos citador por Valter até aqui, se o leitor não tem conhecimento dos mesmos sugiro a visitar o Site Emana & Parapsicologia e encontrará esses temas que são: PNEUMOGRAFIA – NÚMERO 1; ESCOTOGRAFIA OU FOTOGRAFIA DO PENSAMENTO e DERMOGRAFIA – ESTIGMAS – NÚMERO 1.

Vª Parte
Ectoplásmica
“É o fenômeno que consiste na objetivação física das criações psíquicas do inconsciente do Agente Psi.

A ideoplastia ectoplásmica pode ser: a) de formas humanas completas: b) de formas humanas parciais e c) de formas animais”. (BORGES, p. 163).

Em relação a Ideoplastia de formas humanas completas, Valter faz a seguinte observação: “Nós a denominamos de personificação objetiva em substituição à palavra materialização e dela trataremos em estudo especial”. (BORGES, p. 163). Aqui percebo a sutileza de sua crença, nada contra, mas a crença ou demonstrando ser seguidor do espiritismo, a meu modo leva-o a tratar a materialização de maneira especial. É isto que fica claro ao falar desta questão de materialização que ele deixa para depois. Neste ponto, diferente de Pe. Edvino que é direto, Valter sutilmente apresenta sua mentalidade religiosa, vendo aqui já discordância neste tema, que o leitor pouco acostumado a lidar com literaturas diferentes não percebe.

Em relação a Ideoplastia de formas humanas parciais, não dá para perceber aqui uma discordância dos dois autores. Valter cita como exemplo Daniel Dunglas Home que produzia ideoplastia de mãos.

Depois cita a experiência de William Crookes, também citado por Pe. Edvino. Porém, Valter faz questão de frisar nesse exemplo, também maneira sutil, onde parece que a explicação é só parapsicológica, mas deixa vazar claramente que faz parte dos FATOS ESPÍRITAS.

Mesmo daí para frente sendo descritivo quanto a experiencia de William Crookes, e na descrição não cita nada em termos religioso aparentemente, já fica no ar, sutilmente uma insinuação de uma experiencia espírita e não de um fenômeno paranormal como os demais. Não condeno a questão religiosa, porém, acho importante leva-la em conta. Porém, para não polemizar, que não é esta a minha intensão, prefiro não pormenorizar mais nada daqui para frente e o leitor tire suas conclusões da explanação feita até aqui. Porém, segue os quatro pontos do relato que faz da experiencia de William Crookes:

“1) ‘Pequena mão de muito bela forma elevou-se de uma mesa da sala de jantar e deu-me uma flor’.
2) ‘Ao contato, essas mãos parecem algumas vezes frias como o gelo, e mortas: outras vezes aparecem-me quentes e vivas, e apertaram a minha com a firmeza de um velho amigo.
Retive uma dessas mãos, bem resolvida e não deixá-la escapar. Nenhuma tentativa, nenhum esforço foram feitos para fazer-me largar a presa, mas pouco a pouco essa mão pareceu dissolver-se em vapor, e foi assim que ela se libertou da prisão’.
3) ‘Mãos luminosa descer do teto da sala e, depois de ter pairado perto de mim durante alguns segundos, tomou-me o lápis, escreveu rapidamente numa folha de papel, abandonou o lápis e, em seguida elevou-se acima das nossas cabeças, perdendo-se pouco a pouco na escuridão’”. (BORGES, p. 164)

VIª Parte
Conclusão
Pode dar a impressão ao leitor menos avisado que ao apresentar duas visões de autores diferentes sobre a parapsicologia, estou dando margem para polêmicas, não é este o meu feitiou. Porém perceber e descobrir a maneira de cada autor, apresentar o tema é importante, não para condená-lo, mas para termos clareza do que ele defende e mesmo a parapsicologia sendo uma ciência, a neutralidade, especialmente religiosa não existe ao descrever e explicar os fenômenos.

É claro que enquanto cientista, todos de qualquer tendência, devem procurar ser o mais objetivo possível.

Mas é possível você leitor ver com clareza que a Ideoplastia, normalmente como relatadas são de uma explicação natural, um fenômeno não sobrenatural, mas paranormal ou parapsicológico, fugindo apenas a normalidade normalmente vivida por todos. E quanto a explicação natural do fenômeno compete ser dada pela parapsicologia.

É sabido também que a parapsicologia estuda os chamados fenômenos Supranormais (sobrenaturais). Isto dependendo da escola de parapsicologia que aborda. Dependo da escola vemos este estudo com outro nome como Psi-Theta. Ou muitas vezes não dando a um nome aos fenômenos Supranormais, mais não deixando de transparecer na abordagem dos fenômenos certa visão religiosa ou certa desconsideração religiosa no caso do ateísmo.

Finalizando a Ideoplastia número 1, isto porque em outra oportunidade devo apresentar outra matéria sobre outro enfoque e aspecto em relação a Ideoplastia. Finalizo dizendo:
“ideoplastia chama-se o mecanismo de plasmar, modelar ou objetivar a ideia com o ectoplasma ou de outra maneira, fundamento da ecto-colo-plasmia”. (FRIDERICHS, p.129).

Referência Bibliográfica
FRIDERICHS, Edvino Augusto. Panorama da Parapsicologia ao Alcance de Todos. 5ª edição. Edições Loyola, São Paulo – SP. 1997. Páginas 128-129.
BORGES, Valter da Rosa. Manual de Parapsicologia. Cia. Editora de Pernambuco. 1992 data desta edição. Páginas 163-164.

Pe. Emanuel Cordeiro Costa
Parapsicólogo Clinico
ABPSIG – Registro 409

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