30º Domingo do Tempo Comum – 24/10/21 – Ano B
Leituras: Jr 31,7-9 / Sl 125(126) / Hb 5,1-6 / Mc 10,46-52
“Não podemos deixar de falar sobre o que vimos e ouvimos” (At 4,20) é a inspiração bíblica escolhida para este Dia Mundial das Missões. O novo contexto da pandemia, que se estende de forma prolongada, evidenciou e ampliou o sofrimento, a solidão, a pobreza e as injustiças que tantos já padeciam. Desmascarou nossas falsas seguranças e desnudou nossa fragilidade humana.
Na mensagem do Papa Francisco para este dia, destacamos: “perante a tentação de mascarar e justificar a indiferença e a apatia em nome de um distanciamento social saudável, a missão de compaixão é urgentemente necessária. No contexto atual, há urgente necessidade de missionários da esperança que, ungidos pelo Senhor, sejam capazes de lembrar profeticamente que ninguém se salva sozinho. Hoje, Jesus precisa de corações capazes de viver a vocação como uma verdadeira história de amor, impulsionados a sair para as periferias do mundo como mensageiros e instrumentos de compaixão”.
Jesus, modelo de missionário da compaixão e da esperança, convida-nos a não ficarmos indiferentes ao sofrimento e à dor de tantas pessoas atingidas pelas consequências da pandemia e da marginalização. Ao cego Bartimeu, Jesus perguntou: “O que queres que eu te faça?” Hoje, faz-se necessário repetir a mesma pergunta aos que estão à beira do caminho. São os mais pobres e vulneráveis deste contexto pandêmico que nos interpelam à compaixão.
Na animação da campanha missionária deste ano, evidenciamos o testemunho de missionários e missionarias da compaixão e da esperança. São pessoas anônimas que se prostraram na linha de frente no combate da pandemia: profissionais da saúde, famílias enlutadas com testemunho de esperança, educadores e tantos agente de pastoral que não ficaram indiferentes aos gritos por compaixão.
Como gesto concreto, em todas as Igrejas do mundo realiza-se neste dia, a coleta destinada de forma integral à missão da compaixão. Do total de recursos, 80% são enviados à Congregação para a Evangelização dos Povos, que faz circular um fundo universal de caridade, mantendo 1050 dioceses nas periferias mais necessitadas do mundo, e os 20% que ficam no Brasil mantêm os trabalhos das Pontifícias Obras Missionarias, que são uma rede mundial de oração e caridade a serviço do papa e da missão da Igreja.
Que São Francisco Xavier e Santa Teresinha, padroeiros das missões nos inspirem a sermos missionários e missionárias da compaixão e da esperança.
Fonte: Pe Mauricio da Silva Jardim – Diretor das Pontifícias Obras Missionárias no Brasil.
Folheto “O Domingo” – Celebração da Palavra de Deus. Ano 46 – nº 49 de 24/10/21. Pag 4.