Vatican News
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Uma catástrofe de “proporções bíblicas”: é assim que a Caritas Suíça e Heks, a organização assistencial da Igreja Protestante, definem a invasão de gafanhotos que atinge a África Oriental há algum tempo: há meses, de fato, milhões de gafanhotos do deserto cobrem grandes áreas do território, colocando em risco as colheitas e com elas a alimentação de milhões de pessoas. Não obstante os esforços em larga escala para combatê-los, ainda não há sinais de que a guerra tenha sido vencida.
Se os insetos continuarem a se espalhar por grandes áreas, as consequências podem ser realmente devastadoras, afirmam especialistas da FAO.
“O mundo deve tomar medidas preventivas em tempo hábil – disse Kath Stefan Gribi, chefe de comunicação da Caritas Suíça, que sempre esteve envolvida em projetos de desenvolvimento na região da África Oriental, mais precisamente na Etiópia, Uganda e Sudão do Sul. Mesmo que agora esteja fortemente atingido pela crise do coronavírus, o país não deve ignorar o fato que compartilha a responsabilidade pelos países do sul “.
A coincidência entre a pandemia de Coronavírus e o desastre natural que afeta a África Oriental é extremamente desfavorável para esses países, onde será muito difícil manter a segurança alimentar. Além disso, a região foi atingida repetidamente pela fome nos últimos anos e também há uma seca que faz com que aumente significativamente o número de pessoas famintas.
“A catástrofe em curso praticamente desapareceu da mídia e, portanto, do público mundial, devido à pandemia de Coronavírus – acrescentou Dieter Wüthrich, gerente de mídia e informação da Heks. É portanto, imprescindível continuar a fornecer ajuda de emergência às populações da África Oriental, cuja existência é ameaçada pelos gafanhotos”.