Seja Bem-vindo, 03 de dezembro de 2024

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SANSONISMO ou HIPERDINAMISMO – Número 1

09 de junho de 2022   .   
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Iª parte
Neste trabalho, com esse tema: “Sansonismo”, baseei nos estudos da escola de Parapsicologia ligada ao Instituto Pe. Quevedo, nas obras citadas na Referencia Bibliográfica. Introduzi subtemas aos parágrafos, como algumas frases minhas… E estes estão na ordem elencadas por mim. Também acrescentei alguns pontos conclusivos do tema. Sendo que, reproduzo em grande parte o texto “Sansonismo” de José Lorenzatto publicado pelo CLAP – Centro Latino Americano de Parapsicologia (hoje Instituto Padre Quevedo de Parapsicologia) na Revista de Parapsicologia nº 28 (não mais publicada).

A escola de Parapsicologia ligada ao Pe. Quevedo, quanto a este tema, alguns apenas falam Sansonismo. E outros admitem também o chamar de Hiperdinamismo. Em outras palavras Sansonismo ou Hiperdinamismo. Alguns o classifica como Fenômeno de Efeito Mistos (Psicofísico) e outros como Fenômeno Extranormais de Efeito Físico.

O artigo com esta temática por ser um pouco longo, para facilitar a compreensão do leitor o dividi em sete partes.

Sansonismo
No capítulo 13 do livro dos Juízes na bíblia versículo 24. Depois na sequencia os capítulos 14, 15 e 16 fala de Sansão. Livro do Primeiro Testamento (Antigo Testamento). A palavra Sansonismo vem de Sansão. (Pe. EMANUEL)

Reflita e analise a primeira parte:
– Você já tinha ouvido falar deste assunto: Sansonismo ou Hiperdinamismo?

IIª parte
Algumas informações bíblicas
– Sem entrar na exegese bíblica em profundidade, apenas tomando alguns elementos que vamos mencionar e destacar, como por exemplo, Sansão é considerado uma figura lendária. Não vamos entender por isso, como pura e simplesmente mentira. Quando se cria uma lenda ela tem um valor instrutivo, educativo, e podem também nos comunicar mensagem de fé e o amor de Deus. Jesus mesmo quando fala em parábolas, não quer dizer exatamente que o que contou em parábola existiu historicamente como a do Filho Pródigo por exemplo, porém nos da uma rica lição e ensinamento por meio desta parábola, de Deus Pai que perdoa e agi com misericórdia, da reconciliação do filho e assim por diante. (Pe. EMANUEL)
– “Sansão é forte como um gigante e fraco como uma criança, fascina as mulheres e é enganado por elas, põe em apuros os filisteus, mas não liberta deles a região…” (JERUSALÉM, pag. 370)
– “A história de Sansão tem o humor vigoroso dos contos populares nos quais as pessoas que tem de suportar um opressor, se vinga dele, pondo-o em ridículo. Em contraste com esse aspecto popular e profano, Sansão é consagrado a Deus desde os seios de sua mãe, e seu ‘nazireato’ é a fonte de sua força. Foi esse aspecto carismático que lhe valeu um lugar entre os Juízes”. (JERUSALÉM, pag. 370)
– “A força de Sansão conforme o relato do Livro Sagrado residia nos seus cabelos e uma vez raspados, perdeu totalmente sua força”. (LORENZATTO)

Reflita e analise a segunda parte:
– O que você achou dessas informações sobre Sansão? Já as conhecia?

IIIª parte
Algumas Façanhas de Sansão:
– Despedaçou um leão como se fosse um cabrito. Isto sem nada ter mãos. Mas o espirito de Javé estava sobre ele. Mas esconde de seus pais o que fez (Jz 14,6)
– “Seu sogro tirou a sua mulher e lhe deu um companheiro, Sansão, capturou trezentas raposas, prendeu nelas as tochas. Então acendeu as tochas e soltou as raposas nas searas dos filisteus, e assim pôs fogo não só nos feixes de trigo como no que estava ainda plantado, e até nas vinhas de oliveiras”. (Jz 15, 4-5)
– “Com uma queixada de jumento matou mil homens. Sansão disse: Com uma queixada de jumento eu os esfolei. Com uma queixada de jumento abati mil homens.” (Jz 15,15-16).
– Pegou os batentes da porta de Gaza, bem como dois montantes, e arrancou-os juntamente com a tranca, colocou-as nos ombros e os carregou até o alto da montanha. (Jz 16,3b).
– Ele arrebentou as cordas de arco como se rebenta um cordão de estopa mal lhe toca o fogo. (Jz 16,9b)
– Derrubar, sacudindo as colunas onde se encontrava mais de três mil pessoas, perecendo todas elas com a queda e perecendo também Sansão. (Jz 16,27-30)
– Diz José Lorenzatto: “Também é verdade que ninguém interpretará ao pé da letra as façanhas de Sansão que são evidentemente exageradas e não se poderia justificar uma ação direta de Deus para matar tantos inimigos de Sansão e de Israel. O texto sagrado queria insinuar que Sansão era um homem ágil, forte e temido, mais que os homens de seu tempo.” (LORENZATTO).
– Não vou detalhar aqui, mas apenas citar algo paralelo ao heroísmo de Sansão vem da cultura grega: “idêntico e conteúdo semelhante encerra a palavra “hercúleo.” Hércules, herói grego, filho de Júpiter e da mortal Alomena.” (LORENZATTO). Hércules constitui o símbolo clássico da força.

Reflita e analise terceira parte:
– Comente: “Também é verdade que ninguém interpretará ao pé da letra as façanhas de Sansão que são evidentemente exageradas e não se poderia justificar uma ação direta de Deus para matar tantos inimigos de Sansão e de Israel. O texto sagrado queria insinuar que Sansão era um homem ágil, forte e temido, mais que os homens de seu tempo.”

IVª parte
Uma força acima do normal
– Hiperdinamismo ou sansonismo. “Trata-se de uma força acima do normal. Mas não se faz mister recorrer à possessão demoníaca para explica-la.” (FRIDERICHS, p. 232).
– Quem já não ouviu falar de loucos ou de pessoas histéricas possuidoras de uma força descomunal e normalmente desproporcional ao físico e que se manifesta em determinadas condições? É claro que tal força é decorrente do aproveitamento máximo da força muscular pela excitação nervosa.” (LORENZATTO).
– “O Hiperdinamismo ou sansonismo é muito comum nos epiléticos, nos loucos, nos bêbados e em momentos de desequilíbrio psíquico. Mas pode ser também encontrado em ambientes em que incentivam o estado alterado de consciência (transe, etc.), tais como centros de incorporações, exorcismos, etc.” (LORENZATTO).

Fraudes e truques
Como expliquei na sexta parte do artigo sobre transfiguração:
– Afirma sempre a escola ligada ao Pe. Quevedo que possibilidade e a existência de truques existem em todos os fenômenos, principalmente de efeitos físicos. E no livro “As forças físicas da mente tomo 2”. Pe. Quevedo faz uma vastíssima pesquisa dessas fraudes e truques, de alguns médiuns até renomados. Outro ponto polêmico em relação ao espiritismo. Porém independente disso, fica claro na existência sim de fraudes e truques.
– Quevedo sempre defende que se os fenômenos se dão na hora que o datado quer e quando quer pode desconfiar que é truque. Pois segundo ele esses fenômenos são raros e quando acontecem são incontroláveis e espontâneos.
– O parapsicólogo Pe. Edvino no seu livro “Panorama da Parapsicologia ao Alcance de Todos”. Mostra também fraudes e truques.
– Temos que ainda ter cuidado em não confundir com fenômenos parecidos.
– Nos fenômenos de Sansonismo podem ocorrer truques também. (Pe. EMANUEL).

Reflita e analise a quarta parte:
– Comente: “Trata-se de uma força acima do normal. Mas não se faz mister recorrer à possessão demoníaca para explica-la.”
– Comente: “É claro que tal força é decorrente do aproveitamento máximo da força muscular pela excitação nervosa.”

Vª parte
Fenômenos Autênticos
– “Existem também autênticos fenômenos parapsicológicos de sansonismo por telecinesia. Para a explicação destes fenômenos, nada melhor do que a palavra de René Sudré: ‘A forma de energia mais habitual nos fenômenos metapsíquicos (parapsicológicos) é a energia mecânica. As mesas se erguem e retornam, os objetos se deslocam, os móveis, etc. A força misteriosa (telergia) que produz esses movimentos, constata-se que é análoga à força humana (em intensidade). Se é capaz de realizar efeitos delicados, também por outro lado não supera a força do homem mais vigoroso.’” (LORENZATTO).

– “Entretanto, a literatura registrou casos excepcionais, em que ela (telergia) superou a força humana. Stainton Moses, por exemplo, levantou uma pesada mesa ( Telecinesia) que dois homens mal e mal podiam mexer; e Daniel Dunglas Home provocou a levitação de um piano; Eusápia Paladino levantou uma mesa com um homem em cima; a mesma Eusápia, na presença do pesquisador Lombroso, movimentou um dinamômetro com força equivalente a 110 Kg.” (LORENZATTO).

– “Nestes casos, acontece o fenômeno chamado de Poli psiquismo, em que na realização do fenômeno em questão (telecinesia) são empregadas a telergia também de alguma pessoa que está perto assistindo o fenômeno, se impressionando com ele, e que inconscientemente, deseja a realização do fenômeno e acaba também realizando o fenômeno em “parceria” com o agente. (sem saber, é claro).” (LORENZATTO).

– “Deve-se registrar que a força empregada nunca supera a força humana. Jamais se viu, mesmo nas manifestações mais violentas, derrubar uma parede.” (LORENZATTO).

Reflita e analise quinta parte:
– Comente: “A forma de energia mais habitual nos fenômenos metapsíquicos (parapsicológicos) é a energia mecânica”.
– Comente: “Entretanto, a literatura registrou casos excepcionais, em que ela (telergia) superou a força humana.”
– Comente: “Deve-se registrar que a força empregada nunca supera a força humana. Jamais se viu, mesmo nas manifestações mais violentas, derrubar uma parede.”

VIª parte
Fantasia sobre Sansonismo
– “A realidade objetiva e sem paixões, nos mostra que qualquer fenômeno em que de alguma forma entra em jogo uma força especial, esta força é humana, desencadeada consciente ou inconscientemente, mas sempre humana, com ou sem a pequena colaboração poli psíquica. O fantástico e o inexplicável será fruto da imaginação ou de interesses particulares, excluídos os truques.” (LORENZATTO).

Ainda sobre esta força que é o Sansonismo ou Hiperdinamismo
– “É um fenômeno natural e relativamente frequente. Trata-se de máximo aproveitamento da força muscular em dimensão humana. Pessoas em perigo de vida por exemplo, na ânsia de escaparem da morte, naquele esforço supremo, desenvolvem também uma força normalmente incrível, que porém, não deixa de ser natural. Em geral falando, no transe, no hipnotismo, em ataques ou estados neuróticos aumenta consideravelmente a força da pessoa.” (FRIDERICHS, p. 232).

– “Afinal qualquer excitação – escreve Myers — mesmo qualquer concentração de ideias é capaz de aumentar a força do dinamômetro. Tudo isto mostra que a tal força concentrada depende mais do cérebro do que dos músculos.” (FRIDERICHS, p. 232).

Reflita e analise a sexta parte:
– Comente: “O fantástico e o inexplicável será fruto da imaginação ou de interesses particulares, excluídos os truques.”
– Comente: “Pessoas em perigo de vida por exemplo, na ânsia de escaparem da morte, naquele esforço supremo, desenvolvem também uma força normalmente incrível, que porém, não deixa de ser natural”
– Comente: “Tudo isto mostra que a tal força concentrada depende mais do cérebro do que dos músculos.”

VIIª parte
No passado
“O Hiperdinamismo que antigamente era considerado como um dos sinais certos de possessão demoníaca, é uma força natural, que a Ciência explica satisfatoriamente.” (FRIDERICHS, p. 233).

Conclusão
Esta força chamada de Sansonismo ou Hiperdinamismo se refere a uma força humana. Não podemos em casos raros, sem truques, considerar haver alguma força além desta normalidade, devidamente comprovada, sem fantasias, para ressaltar heroísmo lendários? Isto ocorrendo será classificada como fenômeno sobrenatural. (Pe. EMANUEL).

O Sansonismo ou Hiperdinamismo, “trata-se do aproveitamento, inclusive ao máximo da força muscular e nervosa numa dimensão humana. Tenha-se em conta que certas situações parapsicológicas podem aumentar a tensão nervosa e muscular, bem mais notavelmente do que um ataque histérico ou de loucura.” (LORENZATTO).

Mesmo uma pessoa franzina, em certas situações, pode desencadear uma força superior à normal. Como heróis, Sansão e Hércules tinham uma força sobre humana. (Pe. EMANUEL).

Pe. Emanuel Cordeiro Costa
Parapsicólogo Clinico
ABPSIG – Registro 409

Referência Bibliográfica:
LORENZATTO, José – CLAP – Revista de Parapsicologia nº 28
JERUSALÉM, Bíblia, Edição de 1998, páginas 370-372 Editora Paulus, SP.
FRIDERICHS, Edvino Augusto. Panorama da Parapsicologia ao Alcance de Todos. 5ª edição. Páginas 232-233. Edições Loyola, São Paulo – SP. 1997.

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