Seja Bem-vindo, 23 de novembro de 2024

Seja Bem-vindo
23 de novembro de 2024

Número 1 – Clarividência e Telepatia

06 de março de 2020   .   
Compartilhe

Introdução
No site Emana e Parapsicologia até aqui, tratei dentro dos Fenômenos de Psi-Gramma ou Percepção Extra-sensorial, em quatro artigos enumerados e também tratei da PreCognição em 16 artigos enumerados. Neste artigo trato de dois temas, enumerando como número 1, que é Clarividência e Telepatia. Vou tratar talvez daqui para frente os dois temas em separados. Talvez ao trata-los em separados faça nova enumeração.  Espero que você internauta possa gostar destes dois temas como tem manifestado gostar dos outros.

Clarividência

Dizemos que a Clarividência é o conhecimento Extra-sensorial ou paranormal de coisas objetivas, físicas, materiais. Na Clarividência ocorre que o Paranormal vê o episódio, o evento, o drama externo.

Telepatia
Diferente da Clarividência, a Telepatia consiste em conhecer não diretamente a realidade física, mas sim o conteúdo de um ato psíquico subjetivo como pensamentos, imaginações, sentimentos ou desejos de uma pessoa. Neste caso, o paranormal capta diretamente os pensamentos, imaginações, sentimentos, desejos e os sofrimentos internos de uma pessoa.

Siglas
No primeiro Congresso Internacional de Parapsicologia em 1953 em Utrecht na Holanda oficializa as siglas PC (Pura Clarividência) e PT (Pura Telepatia).
É bom que fique claro, que dificilmente poderá existir um caso “puro”. Tanto de telepatia quanto de clarividência. Em todos os casos vêm mesclados com elementos de um ou de outro.

Divisão Pedagógica
Dentro dos Fenômenos Psi-Gamma ou Percepção Extra-sensorial a divisão em Clarividência e Telepatia é uma divisão meramente pedagógica, prática, para classificar os casos que apresentam um dos aspectos. Ligados a elementos externos (PC) e internos (PT).
Segundo alguns autores, a demonstração cientifica, exata, de que existem PT e PC como tais não está feita e talvez não se possa fazer nunca.

“Sofrimento a distância”
Etimologicamente Telepatia vem tele (longe) e patior (sofrer, sentir). Ou seja, significa sofrer, sentir à distância. Geralmente se verifica que ela ocorre por ocasião de acontecimentos tristes. A palavra tomou o sentido mais geral de “sensação a distância”, de percepção a distância

TIE e HIE.
Telepatia é uma percepção extra-sensorial e supõe vínculo afetivo entre agente e percipiente. A Hiperestesia Indireta do Pensamento (HIP) é uma percepção sensorial e não requer vínculo afetivo, mesmo que esta pessoa possa estar presente. O efeito de ambas é o mesmo, ou seja, o conhecimento do conteúdo de um ato psíquico.

Em muitos casos que parecem telepatia acabam sendo de hiperestesia indireta das ideias excitadas no inconsciente. Como já disse, o efeito acaba sendo o mesmo.

Ocorrendo a telepatia sobre o inconsciente excitado se usa a sigla TIE. Esta, portanto é extra-sensorial. O contrário é a hiperestesia, que é sensorial, podendo também ocorrer sobre o inconsciente excitado.  Neste caso se usa outra sigla que é HIE. Quanto à hiperestesia ela é sensorial, a partir de reflexos fisiológicos causados pela excitação no inconsciente de alguma ideia, sentimento, etc.

A Escola de Parapsicologia de Pe. Quevedo para simplificar a TIE e HIE utiliza somente a sigla TIE nos dois casos tanto de Telepatia quanto de Hiperestesia.

Mecanismo interno
Podemos dizer que o mecanismo interno da telepatia quando ocorre a TIE ou seja, sobre o inconsciente excitado, se dá: o consciente do agente (ou fator ou circunstância) reaviva, ilumina, excita uma ideia ou conteúdo psíquico do próprio inconsciente. O inconsciente de outra pessoa, o perceptor, capta essa ideia.

TIE (ou HIE) em L ou a Três ou por Procuração.
A TIE ocorre entre duas pessoas. A percepção telepática em nível inconsciente, porém, pode ser revelada ao consciente indiretamente. Isto é através de um intermediário. É a chamada TIE em L ou a Três ou por Procuração.  Pode ocorrer na telepatia sobre o inconsciente, até com frequência o chamado mecanismo em “L” ou a “três”. Neste mecanismo não se certifica diretamente os pensamentos de determinada pessoa. Podendo certificar por meio de uma terceira pessoa intermediária. Em outras palavras: os meus pensamentos podem ser descobertos não só diretamente em mim mesmo, mas podem ser captados no inconsciente de outra pessoa, de minha família. Posso dizer de outro modo também: o percipiente capta em meu inconsciente ideias que eu captei inconscientemente em outra pessoa ou na realidade física.

Classificação ou Divisão prática da telepatia
Não existe uma oficialização e nem unanimidade por parte dos autores quanto a classificação ou divisão prática da telepatia. Aqui segue a mais utilizada:

1) Adivinhação do pensamento ou leitura do pensamento.
Acontece quando alguém quer e se esforça por captar o conteúdo de um ato psíquico consciente de outra pessoa. Esta pessoa, por sua vez, não interfere no fenômeno.

2) Transmissão de pensamento

Aqui ambos colaboram, tanto o agente que transmite, quanto o percipiente que conscientemente se esforça por captar o que querem lhe transmitir. Portanto, neste fenômeno tem-se a participação das duas pessoas envolvidas. Uma trabalha para transmitir seus pensamentos à outra. A outra se esforça por captar o que um agente quer lhe transmitir. Pode se dá também no campo consciente.

3) Telepatia sobre o inconsciente excitado (TIE)

O consciente de uma pessoa excita uma ideia ou conteúdo psíquico do seu próprio inconsciente e, por sua vez, o inconsciente de outra pessoa capta essa ideia ou conteúdo. Podemos dizer que quando alguém capta no inconsciente de outro algum pensamento inconsciente, excitado pelas circunstâncias, como por associação de ideias.

4) Sugestão Telepática (ST)

Neste caso, o percipiente capta o sentimento ou a ideia, mas espontaneamente. No agente há o desejo vivo de comunicar-se com o percipiente, consciente ou inconscientemente sem este sabe-lo.  Porque há o desejo, geralmente inconsciente de alguém se comunicar com outro, é chamado de telebolia. Tele (distância) e bulia (vontade).

Em estado normal é raríssima acontecer a ST. Ou seja tanto o emissor e o receptor em estado normal. Mas quando um dos dois: emissor ou receptor encontra-se em estado alterado de consciência, é mais comum. Se por algum motivo e em determinado momento os dois se encontram inconsciente, a sugestão telepática acontece com muito mais frequência.

Fica mais fácil ainda de acontecer a ST em casos que envolvem grande emotividade, agonia ou um estado entre a morte aparente e a real. Podem outros elementos ajudar a enriquecer o fenômeno.

5) Hipnose telepática (HT) ou subjugação telepsíquica.

Domínio que alguém exerce sobre uma pessoa a distância.
“É um domínio, às vezes despótico, à distância, sobre a mente e, por meio dela, às vezes também sobre o corpo, a sensibilidade ou mesmo a vida de outra pessoa. É como uma hipnose paranormal, podendo ser, como a hipnose, de diversos tipos, graus e eficiências. A subjugação telepsíquica é a mais empolgante e misteriosa causa (não a única) desse fenômeno popularmente chamado de feitiço, coisa feita, mau-olhado, maleficio…
Pode ser negativa (para o mal), positiva (para o bem, curandeirismo) ou indiferente”. (QUEVEDO, 2003, p. 330)

Conclusão
Esses dois assuntos Clarividência e Telepatia enquanto conceituação teórica, com certeza, está clara para você internauta, porém ficará ainda mais clara nos artigos seguintes onde daremos exemplos, estes ajudarão clarear ainda mais a temática. Verá, portanto, que esses Fenômenos estão presentes em nossa vida, olhando os inúmeros casos ao seu redor que com certeza surgem no dia a dia.

Referências Bibliográfica
QUEVEDO, Oscar G. A Face Oculta da Mente. 19ª edição. Edições Loyola, São Paulo – SP, 2003.
FRIDERICHS, Edivino Augusto. Panorama da Parapsicologia ao Alcance de Todos. 5ª edição. Edições Loyola, São Paulo – SP. 1997.
FILHO, Pe. Raimundo Elias. Mistério do Aquém e do Além à Luz da Parapsicologia. 2ª edição, Editora Paulus, São Paulo – SP, 2003.
BOSSA, Benjamim. Parapsicologia – O poder da mente e os mistérios da vida. 3ª edição. Edições Loyola, São Paulo – SP, 1997.

 

Autor: Pe. Emanuel Cordeiro Costa
Parapsicólogo Clínico – SINPASC – 409.
Especialização – Lato Sensu em:
Orientação Parapsicológica Social e Institucional
Pela FAVI – Faculdade Vicentina – Curitiba – PR.
– Psicoterapia Holística: Hipnose
Terapeuta Holístico Credenciado – CRT 48326
– Paroquia São Pedro
Ipatinga – MG
Publicado em 01/05/18

LEIA TAMBÉM

    cat